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“Doutor Bumbum” acusado da morte de bancária cuiabana diz que procedimento estético foi correto e justiça será feita

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Só Notícias/Agência Brasil (fotos: arquivo pessoal e reprodução)

O médico Denis Furtado, de 45 anos, acusado pela morte da bancária Lilian Calixto após um tratamento estético nos glúteos, declarou que o procedimento foi feito de maneira correta e que a justiça será feita. Se for condenado, o médico poderá pegar até 36 anos de prisão.

O “doutor bumbum”, como ficou conhecido, foi preso, ontem à tarde, em um centro empresarial na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. A mãe dele, Maria de Fátima Furtado, também foi presa.

Ambos foram indiciados por homicídio qualificado e associação criminosa e tiveram as prisões provisórias decretadas. Se for condenado, o médico poderá pegar até 36 anos de prisão.

O médico concedeu entrevista aos jornalistas ao lado da delegada Adriana Belém, e de seu advogado, Marcus Braga.

"Foram requisitados todos os exames compatíveis ao risco cirúrgico. O procedimento foi correto, foi lícito. O que a paciente usou de medicamentos lá no Barra D'Or (hospital), eu não tenho ciência. Eu tenho certeza de que a minha atuação como médico foi correta", disse Denis.

A bancária era moradora de Cuiabá e morreu na madrugada do último domingo, horas após ser submetida a um procedimento estético para aumentar o glúteo, realizado em uma cobertura na Barra da Tijuca. Segundo parentes, a vítima saiu de Cuiabá, no sábado, para realizar as aplicações de silicone com Denis. O procedimento teria custado R$ 20 mil.

Após a intervenção, a bancária teve complicações e foi encaminhada pelo próprio médico para um hospital particular, também na Barra, onde chegou ainda lúcida, mas com taquicardia, sudorese intensa e hipotensão.

Ela teve quatro paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. A hipótese inicial levantada sobre as causas da morte seria embolia pulmonar, devido à aplicação de produto sintético.

O médico teria usado a substância PMMA na bancária. A sigla significa polimetilmetacrilato, material parecido com plástico, composto por microesferas e utilizado para fazer preenchimentos corporais e faciais. O produto é aprovado pelo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas indicado para situações pontuais e em pequenas quantidades.

Segundo o “doutor bumbum”, seu ambiente de trabalho, a cobertura onde morava e foi feito o procedimento, tinha condições adequadas para cirurgia de bioplastia. Ao fim da entrevista, declarou: “A justiça será feita”.

A delegada Adriana Belém disse que ele e a mãe, Maria de Fátima Furtado, serão ouvidos e que deverão seguir para o sistema prisional, hoje.

A namorada do Dr. Bumbum, Renata Fernandes Cirne, de 19 anos, foi presa no domingo, após a morte da bancária. Ela foi transferida na quarta-feira, para o presídio de Benfica. A jovem é acusada de ter participado do procedimento que terminou com a morte de Lilian.

Segundo O Extra, hoje, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) cassou o registro do médico em um processo ético-profissional. A decisão ainda deve ser submetida ao Conselho Federal de Medicina (CRM), e cabe recurso. Em março de 2016, o “Doutor Bumbum” foi alvo de uma interdição cautelar para o exercício da profissão, a qual foi suspensa três meses depois pela Justiça. O CRM-DF informou que o processo é sigiloso e não deu detalhes sobre o caso. O médico também possui registro profissional no CRM de Goiás.

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