Representantes do Sindicato dos Empregados Domésticos de Mato Grosso apresentaram ao governo a reivindicação de um piso salarial no estado, o que precisa ser feito por meio de lei estadual. A categoria foi recebida pelo secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.
Segundo a presidente do sindicato, Wilza Sodré Farias, estudos mostram ser possível a fixação de um piso de R$ 1,2 mil. Atualmente, o valor médio pago em Mato Grosso é de um salário mínimo (R$ 788) por uma jornada de 48 horas semanais, afirma a presidente.
No entanto, há casos em que nem mesmo esse valor é pago às profissionais. “Tem meninas que recebem menos de um salário mínimo por mês. Mas não estamos mais no tempo da escravidão”.
Outro pedido apresentado foi para que o Estado providencie infraestrutura em um terreno onde o sindicato pretende construir um conjunto habitacional pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
Para o secretário, os dois pleitos apresentados pelo sindicato são “absolutamente razoáveis” e serão encaminhados para a assessoria técnica da Casa Civil. No que se refere ao terreno, o assunto será discutido com as secretarias de Cidades e Infraestrutura. “Saiam daqui com uma certeza: todos aqui são soldados das duas causas. Vamos nos empenhar para atendê-las”.
Relatando sua experiência pessoal, o secretário destacou que a categoria merece ser valorizada. “Eu e meus irmãos fazíamos o trabalho em casa. Aprendi a lavar louça, a passar pano na casa e a encerar o piso de cerâmica com vermelhão”, lembrou, arrancando risadas na reunião. “Eu sei da importância do trabalho que vocês fazem. Quero dizer do meu profundo respeito por vocês”.