O tribunal do júri condenou, ontem, Ivanildo Bacelar de Souza, a 15 anos de prisão, e Marques Willian da Silva Santos a 12 anos, pelo homicídio duplamente qualificado de Vilmar da Silva Gomes Marcolino. Os jurados acolheram as teses defendidas pelo MP que "ambos agiram mediante promessa de recompensa e com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. Ivanildo também foi condenado por posse ilegal de arma de fogo". O crime foi em 2015. A promotora que atuou no júri popular, Maisa Fidelis Gonçalves Pyrâmides, explicou que além dos dois executores também foi denunciado o mandante do crime, João Batista Fernandes Pereira, vulgo “Dragão”, que encontra-se foragido. Os executores estão presos no Centro de Ressocialização de Sorriso. A informação é da assessoria do Ministério Público.
Consta na denúncia, que a motivação do crime teve início em 2013, quando o filho de João Batista Fernandes Pereira foi assassinado a facadas. Na ocasião, a autoria foi atribuída à sua esposa Francinete, que inclusive está sendo processada e aguarda julgamento pelo tribunal do júri. Inconformado com a morte do filho e após tomar conhecimento que nora mantinha um relacionamento extraconjugal com Vilmar Silva Gomes Marcolino, o pai jurou que ambos morreriam. Dois anos depois, a promessa se concretizou: Vilmar foi atingido por dois disparos de arma de fogo quando realizava serviço de entrega de lanches. A execução ficou a cargo de Ivanildo e Marques Willian que no momento do crime estavam em uma motocicleta Honda", informa o Ministério Público.
Ainda segundo o MP, a partir de denúncias anônimas a polícia acabou chegando aos executores, sendo que um deles confessou a prática do crime e detalhou toda a dinâmica.
De acordo com a sentença, ambos não poderão recorrer da decisão em liberdade e cumprirão a pena em regime inicial fechado.