O superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Mato Grosso, Orlando Fanaia Machado, confirmou, em entrevista, ao Só Notícias, que será colocada nesta quarta-feira, em Guarantã do Norte (233 quilômetros de Sinop), uma balança móvel para coibir o excesso de cargas das carretas e caminhões que estão fazendo o transporte da soja produzida em Mato Grosso para o porto de Miritituba, no Pará, no qual segue para exportação.
“O objetivo é deixar a rodovia trafegável o tempo inteiro, mas com essas questões das chuvas e excesso de cargas tem piorado a situação da rodovia. Vamos colocar a partir de quarta-feira, uma balança móvel operando em Guarantã do Norte para fazer o controle de peso. O caminhão ou carreta que estiver com carga acima do permitido terá que retirar o excesso para seguir viagem. Além disso, é multado”, disse Orlando Fanaia.
Desde o último sábado, por determinação do Dnit, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está impedindo o tráfego de carretas e caminhões na rodovia federal, em Nova Santa Helena e Guarantã do Norte por conta das intensas chuvas na região de Novo Progresso e Moraes Almeida, no Pará, que tem causado diversos pontos de atoleiros. “As chuvas não têm dado folga e temos que dar manutenção junto com o Exército para manter a na trafegabilidade na região. Por isso, foi solicitado esses dois bloqueios. O outro objetivo é que esses caminhoneiros fiquem em Mato Grosso onde ainda tem ponto logístico de apoio. Se eles seguirem para o Pará vão ficar isolados e aumentar o tamanho da fila. Com isso, fica mais crítica a situação e demora mais os trabalhos de manutenção”, explicou Machado.
Para o superintendente, a única forma de resolver o problema na rodovia no Pará é a pavimentação asfáltica. “O governo Federal tem deixado claro que essa pavimentação será prioridade. O ministro esteve na região conhecendo de perto as dificuldades enfrentadas. Não tem outra solução. No período de chuva estamos recompondo com pedras nos pontos de aclive para manter o tráfego. Essa manutenção é o Exército que está fazendo. Se não tivesse essa operação a situação estaria ainda pior”.
Dos 707,4 quilômetros da rodovia federal localizados desde a divisa com Mato Grosso até a entrada para o Porto de Miritituba, 658 quilômetros já foram pavimentados pelo DNIT. Os quase 49 quilômetros a serem asfaltados estão divididos em dois lotes de obras, sendo 3 km ao sul da Vila do Caracol e 46 km sob responsabilidade do Exército perto de Moraes Almeida.