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Dezessete acusados na operação Curupira foram condenados em MT

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A maior operação policial de combate a crimes ambientais em Mato Grosso, a "Operação Curupira", resultou na condenação de 17 pessoas, das 19 julgadas até o momento. Duas pessoas foram absolvidas, entre elas o ex- gerente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Hugo José Scheuer Werle, e o empresário Luiz Viero Trevisan, acusado de pagar propina para liberação de projetos de exploração florestal.

Por conta do grande número de pessoas processadas – 188 no total – a ação principal se desmembrou e deu origem a 99 processos, com média de 2 acusados em cada. Dos 99 processos, 15 foram sentenciados e 84 estão em fase de instrução. As informações constam de um relatório elaborado no dia 5 deste mês, pela Justiça Federal.

Somadas, as sentenças dos 17 condenados somam 130 anos de reclusão, além de pagamento de multa, perdimento de bens, de cargos públicos e reparação aos danos ambientais, estipulados em R$ 650 mil.

Uma das penas mais duras foi estabelecida contra o fiscal do Ibama José Carlos Mendes. Ele foi condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado, com perdimento de bens e valor mínimo de reparação de R$ 150 mil, além de perda do cargo público. Mendes foi denunciado pelo empresário Daniel Tenório Cavalcante. Em juízo, o empresário disse que o sócio dele na empresa Três Morrinhos Madeiras acertou pagamentos de R$ 300 para o fiscal em 2004, para cada caminhão que transitasse pelo posto do Trevo do Lagarto. Depois disso, o fiscal teria exigido a regularidade no recebimento da propina para não apreender os caminhões da empresa. O empresário também foi condenado a pena de 5 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, além de pagamento de multa.

Outros condenados foram o ex-chefe de fiscalização do Ibama na Capital, Marcos Pinto Gomes, que recebeu pena de 3 anos de reclusão; o engenheiro florestal Dirceu Benvenutti, pena de 2 anos e 8 meses de reclusão; e o madeireiro Bruno Roberto de Carvalho, pena de 9 anos de reclusão, 2 anos de detenção, em regime fechado, com perdimento de bens.

Os 3 estão entre os 6 últimos presos da Operação Curupira a ganhar liberdade, em 23 de fevereiro de 2006, após quase 9 meses da deflagração da operação, em 2 de junho de 2005. Também foram libertados os madeireiros Wilson Antônio Rosseto, Daniel Tenório Cavalcante e Moacyr Eloy Crocceta.

 

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