sexta-feira, 20/setembro/2024
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Dez por cento da população carcerária em MT responde pelo crime de estupro

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Cerca de mil homens estão presos em Mato Grosso acusados de estupro. O número é apontado pela Central de Estatística Criminal da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e representa 10% da população carcerária do Estado.

No último ano, foram registrados 158 crimes de violência sexual contra mulheres, o número é 22,5% maior do que o registrado em 2012, quando 129 mulheres sofreram violência sexual. Além destas, outras 100 procuraram a Polícia Civil alegando terem sofrido tentativa de estupro. Em relação ao mesmo crime cometido contra menores, só no primeiro trimestre de 2015 foram 40 estupros de vulneráveis na Grande Cuiabá. A situação é ainda mais alarmante em Várzea Grande, que passou de oito casos em 2014, para 19 este ano, um aumento de 137,5%.

O índice de estupros vem aumentando significantemente no Estado e os autores são homens de todas classes sociais. Na última quarta-feira (6), por exemplo, a Justiça decretou medidas cautelares contra um advogado e servidor público, acusado de estupro de vulnerável. De acordo com o inquérito conduzido pela Deddica, C.E.F., 36 anos, teria estuprado uma menina, na época com 11 anos. As investigações tiveram início este ano, quando a mãe da adolescente, hoje com 15 anos, denunciou o abuso à delegacia. O suspeito vai usar tornozeleira eletrônica e a vítima recebeu o botão do pânico.

“Apesar de termos tido êxito nos mandatos de prisões contra estupradores de menores, acreditamos que ainda temos muito trabalho pela frente. Muitas crianças e adolescentes não realizam denúncias por medo do criminoso, o que acaba dificultando a identificação”, diz o delegado titular da Deddica, Eduardo Botelho.

O presidente do Conselho Estadual de Direito das Mulheres, a defensora pública Rosana Leite diz que o mesmo acontece em se tratando das vítimas adultas. “Este delito é muito grave e merece uma atenção especial por parte dos gestores, pois por falta de políticas públicas, muitas mulheres ainda sentem medo e vergonha de denunciar o estuprador”.

Afirma que o número de criminosos presos por estupro apesar de ser alto, não condiz com a realidade. “Com certeza existem muito mais violentadores pelo estado, mas como as denúncias muitas vezes não são realizadas, eles continuam nas ruas”.

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