Já são mais de 10 dias de chuvas intensas no extremo Norte e cerca de 8 mil moradores estão ficando ilhados nas localidades do Guariba, Guatá e Roosevelt. O risco de desabastecimento é grande. Diante desta situação, o prefeito de Colniza, Sergio Bastos dos Santos, decretou estado de emergência no municipio. A situação é deliciada e alguns moradores chegam a levar até 4 dias para percorrer trechos de 500 quilômetros.
Ao longo da rodovia, caminhões atolados. A prefeitura tem apenas uma patrol para atender mais de 4 mil kilometros de estradas. Em algumas localidades, os casos mais graves de doenças estão sendo retirados de avião.
Em Cuiabá, o prefeito já manteve contatos com a Defesa Civil e o Governo do Estado, em busca de ajuda para resolver os graves problemas. Sérgio Bastos acredita que somente com uma ajuda emergencial do poder público a prefeitura terá condições de reverter o atual quadro.
Colniza está entre os 19 municipios da região Norte de Mato Grosso que foram afetados pelo decreto do governo federal em relação ao corte de madeira. Segundo Bastos, a região foi muito prejudicada em virtude dos dados divulgados pelo INPE. Ele contesta os dados e afirma que “até mesmo a queimada de pasto foi contabilizada com desmatamento, são áreas que foram preparadas no ano passado e voltaram a incidir nos dados do INPE, com isso Colniza que tem projetos concretos de Manejo Sustentável também foi arrolada como autora dos desmatamentos, o que é inconcebível”.
Hoje, Colniza tem um orçamento de pouco mais de R$ 1,5 milhão incluindo todos os repasses, para administrar quase 5 mil quilometros de estradas. Sérgio Bastos diz que seria necessário o dobro deste orçamento para atender a demanda, ainda com um relativo aperto.
Por causa do decreto do Governo Federal, a arrecadação caiu, já que a indústria madeireira está sofrendo um grande impacto. A cidade tem mais de 20% de sua área cortada por parques e reservas indígenas.