O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) tem 1.906 processos de suspensão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) instaurados. São 1.506 relacionados a infrações específicas e 400 por infrações somatórias. Entre os condutores que podem ter a CNH suspensa estão o diretor de Veículos do Detran, Juarez Fiel Alves, e o secretário Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU), Edivá Alves, conforme já divulgado pelo jornal A Gazeta.
Segundo o órgão, as infrações específicas mais recorrentes para a suspensão do direito de dirigir são relacionadas a andar sem capacete, passageiro sem capacete, dirigir exibindo manobra perigosa e dirigir embriagado. As somatórias contam com hábitos como falta do uso do cinto de segurança, avançar o sinal vermelho, veículo sem os documentos de porte obrigatório, dirigir sem estar habilitado. Mais de 20 pontos na CNH pode levar à suspensão.
O diretor Fiel somou 21 pontos na carteira durante o ano de 2006, em multas de trânsito aplicadas pela autoridade municipal, nas datas 09/05/06, 11/05/06, 05/06/06 e 28/08/06, conforme assessoria do Detran, destacando que na época ele não exercia cargo no órgão e desde que assumiu a direção Fiel conta com apenas 4 pontos, por estacionar em local proibido.
As multas de 2006 geraram processo aberto pelo Detran, no ano de 2007, tendo por objetivo a suspensão da referida CNH. O processo ainda está em andamento, em sua fase final. Em nota o órgão garantiu que “caso o condutor Juarez Fiel Alves não obtenha sucesso em sua defesa, o mesmo sofrerá as punições cabíveis no caso, ou seja, suspensão do direito de dirigir por período que varia de 30 a 90 dias e frequentar aulas da Escolinha de Reciclagem do Detran, sendo essa a sanção que cabe a qualquer condutor de veículo automotor que passe pelo mesmo tipo de processo”.
Fiel alega que a totalidade das multas, que também geraram os pontos na CNH, não foram cometidas por ele. O diretor destaca que seu nome contava na documentação de 3 veículos, um utilizado pela esposa, outro por ele e um terceiro pela sobrinha. Ele levanta ainda a possibilidade dos documentos dos automóveis não terem sido transferidos após a venda para terceiros, gerando multas em seu nome.