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Desocupação em área em MT está sendo prejudicada por barreira e chuva

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Prossegue, hoje, o processo de desocupação da Terra Indígena Marãiwatsédé, do povo Xavante, localizada em Mato Grosso. A equipe, que cumpre a decisão judicial de retirada dos ocupantes não indígenas, é formada por integrantes de órgãos do governo federal, oficiais de justiça, além de equipes das forças de segurança (Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal). Hoje, a previsão é chegar a quatro propriedades, em uma região que concentra as maiores extensões de terra ocupadas pelos não índios.

Segundo informações das equipes que estão no local, as barreiras na BR-158 feitas por ocupantes que resistem em deixar a área, na altura do município de Alto Boa Vista, dificultam o deslocamento das forças de segurança, além da forte chuva ocorrida, esta manhã. Entretanto, o cronograma de desocupação segue conforme o previsto.

O processo de retirada dos não indígenas teve início, ontem, quando os oficiais de justiça percorreram duas fazendas da chamada Área 1. Na Fazenda Jordão, de cerca de 4,8 mil hectares, encontraram poucas cabeças de gado e estruturas como curral e galpão. O fazendeiro, que reside em São Paulo, tem até dez dias para desmontar todas as construções e retirar o gado restante. Na outra fazenda, Córrego da Cabaça, havia três casas, duas das quais já estavam desocupadas. Na casa restante, a família se preparava para deixar o local, no momento em que o oficial de justiça chegou.

Neste primeiro dia de ação, integrantes da Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Rodoviária foram atacados com pedras por manifestantes contrários a ação de retirada. Os policiais revidaram com gás de efeito moral e balas de borracha. O confronto ocorreu na Fazenda Jordão, a cinco quilômetros do local vistoriado pelos oficiais de justiça, e não impediu o trabalho de desocupação.

No total, 455 pessoas foram notificadas, entre os dias 7 e 17 de novembro, a deixar a TI Marãiwatésé. Para fins de execução da operação, a terra indígena foi dividida em quatro áreas e a retirada dos ocupantes teve início pela região onde se encontram as grandes fazendas (Área 1).

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