Os dados divulgados hoje pelo Intituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que Mato Grosso reduziu consideravelmente o desmatamento no mês de julho e teve 32,7 km²de corte raso ou degradação progressiva, ante aos 192km²verificados no mês de junho. Em maio, o Estado apareceu no relatório do Inpe com 646 km².
O Estado do Pará lidera o desmatamento divulgado hoje com 235.6 km² segundo os dados do Deter – Detecção de Desmatamento em Tempo Real. Amazônas aparece com 23.9, Rondônia 19.3, Maranhão 7.7, Acre 3.0 e Tocantins 1.5 km². Em toda a Amazônia Legal o sistema detectou em julho 323 km²
Os gráficos do sistema também mostram o desmatamento por bases operacionais do Ibama na Amazônia e a de Altamira (PA) registrou desmate de 66,4 km², seguidas de mais cinco bases no território paraense. As bases do Ibama em Mato Grosso aparecem na 9ª posição com Alta Floresta (16,1 km), 16ª posição para Guarantã do Norte (2,9 km), 17ª Sinop (2,8 km), 18ª Vila Rica (2,4 km) e Juína na 19ª (2,2 km).
Apesar da queda nos números, Mato Grosso ainda lidera o ranking considerando os sete meses deste ano. De 01 de janeiro a 31 de julho o Estado desmatou 2801,6 km², Pará 1117,6, Roraima 464,2, Rondônia 209,8, Amazônas 165, Maranhão 132,6, Acre 22,2 e Tocantins 11,8.
Os dados foram apresentados a partir de imagens dos satélites LANDSAT e CBERS, que puderam observar 81% da região. Em Mato Grosso a incidência de nuvens foi zero e os satélites puderam observar os polígonos com nitidês. Em abril, maio e junho, o DETER apontou respectivamente 1.124, 1.096 e 870 km2, números já indicativos da tendência de queda.
O Deter registrou 8.147 km2 de novos desmatamentos nos últimos 12 meses (agosto de 2007 a julho de 2008), enquanto entre agosto de 2006 e julho de 2007 foram identificados 4.820 km2. Estes dados não correspondem à taxa anual de desmatamento, que é calculada pelo PRODES, sistema mais detalhado que considera apenas o corte raso, ou seja, o desmatamento em seu estágio final.