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Desembargadores voltam a negar pedido para soltar acusado de matar agrônoma em Sorriso

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/assessoria)

Os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça voltaram a negar um pedido para soltar Jackson Furlan, 29 anos, principal suspeito de matar a agrônoma Júlia de Souza Barbosa, 28 anos. Ela estava em um veículo, quando foi atingida, na madrugada do dia 9 de novembro do ano passado.

A defesa ingressou com o pedido de soltura no Tribunal, alegando que a prisão de Jackson é “ilegal” em virtude da ausência dos requisitos autorizadores. Destacou também que a decisão de mantê-lo na cadeia “não está pautada motivação concreta e em fatos contemporâneos”.

Liminarmente, o pedido já havia sido negado. Agora, ao analisarem o mérito do recurso, os desembargadores decidiram manter a prisão. “Da análise dos fatos e documentos que instruem a impetração e, considerando que o paciente, agora pronunciado, permaneceu preso durante a instrução criminal, é possível constatar que a manutenção da segregação cautelar, a princípio, é necessária para garantia da ordem pública, razões pelas quais não se vislumbra a existência de constrangimento ilegal”, consta na decisão colegiada.

Em agosto deste ano, conforme Só Notícias já informou, a juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano determinou que o réu seja julgado por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil. Na decisão, ela derrubou uma das qualificadoras (crime cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e a acusação de tentativa de homicídio contra o namorado de Júlia.

De acordo com a apuração feita pela Polícia Civil, Júlia estava com o namorado na casa de amigos, quando decidiriam ir embora. No caminho, a pedido da agrônoma, o casal foi até a conveniência de um posto de combustíveis, situado na avenida Natalino Brescansin, região central de Sorriso. Em seguida, o casal seguiu na caminhonete Toyota Hillux  para dar um último passeio, antes de retornar para casa.

No percurso, um VW Gol preto passou a andar devagar pela via, fazendo com que o veículo em que estava o casal também reduzisse a velocidade. Naquele momento, o indiciado, também conduzindo uma caminhonete, teria se aproximado e começado a buzinar, forçando passagem pela via estreita e que possui fluxo lento.

O veículo onde estava a vítima seguiu em velocidade reduzida, o que, segundo a polícia, enfureceu o suspeito, que estava embriagado. Ele passou a seguir o veículo do casal, que tentou fugir pelas ruas da cidade. Próximo ao Hospital 13 de Maio, na avenida Brasil, o homem disparou contra a caminhonete do casal.

O projétil transfixou o vidro traseiro do veículo e atingiu a vítima, que foi socorrida pelo namorado e levada até um hospital próximo. Entretanto, mesmo com atendimento imediato da equipe médica, a engenheira não resistiu ao ferimento. Júlia morava no interior do Paraná e estava em Sorriso visitando o namorado.

O acusado foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público Estadual por homicídio qualificado, com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e por motivo fútil. Também havia sido denunciado por tentativa de homicídio contra o namorado de Júlia. Ele teve a prisão preventiva cumprida no dia 10 de novembro quando se entregou na delegacia municipal acompanhado de advogados, e segue no centro de ressocialização de Sorriso.

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