O Ibama continua investigando madeireiras fantasmas em Sinop e municípios da região que estariam envolvidos em fraudes e extração ilegal de madeira. Foi descoberto, há poucos dias, que uma das “madeireiras” cadastradas no órgão para conseguir ATPFs (guias para transporte de madeira), por exemplo, tinha como endereço o cemitério de Sinop. Era mais uma empresa criada apenas para o comércio ilegal de documentos. Não foi informado quem estava por trás desta fraude.
As investigações do Ibama apontam, até agora, que aproximadamente mil madeireiras fantasmas foram criadas para subsidiar o comércio ATPFs em Mato Grosso. Esse levantamento aponta que a quantidade de área desmatada ilegalmente passa dos 43 mil hectares e os valores das fraudes e negócios ilegais na venda de madeira extraída irregularmente passam dos R$ 900 milhões anunciados.
Dos 100 presos inicialmente em Mato Grosso e outros Estados acusados de envolvimento neste esquema pelo menos 30 estão presos em Mato Grosso. 3 deles em Sinop e 3 em Alta Floresta – inclusive os ex-chefes do Ibama em Sinop e Alta Floresta Geliçon Figueiredo e Sebastião Crisostomo Barbosa- respectivamente- além de despachantes acusados de vender documentos.