As 96 famílias desabrigadas pelo incêndio no município de Marcelândia aguardam, há quase 5 meses, a construção de novas casas. Nos primeiros meses após a destruição, elas ficaram alojadas no salão paroquial e na sede do Lions Clube. Depois foram remanejadas para moradias de outras madeireiras da cidade e cedidas por familiares.
O prefeito Adalberto Navair Diamante relatou que a demora ocorreu na aprovação do projeto pelo Ministério das Cidades. “Nós encaminhamos o projeto pedindo a construção de casas mobiliadas, porque as famílias perderam tudo. Mas não conseguimos a liberação. Então mudamos o projeto pedindo apenas casas padrões”.
Cada unidade terá 36 metros quadrados e custará R$ 20 mil. Os recursos foram liberados no final do ano pelo Governo Federal através de um programa habitacional, por meio da Caixa Econômica Federal. “Somente agora poderemos dar início ao processo licitatório, que deve durar 40 dias”.
A construção das 96 casas deve levar de 4 a 6 meses. Sendo assim, as famílias só receberão as chaves 1 ano depois da tragédia.
Reconstrução – Passados 5 meses, as marcas da tragédia que atingiu o município, com 12 mil habitantes, ainda são visíveis. Os escombros de indústrias e casas destruídas pelo fogo permanecem no mesmo local. A reconstrução ocorre lentamente. Das 37 madeireiras e laminadoras, apenas algumas conseguiram retomar os trabalhos. Outras aguardam a aprovação de linhas de crédito. “O município ainda tenta se reerguer. Tivemos uma evasão grande de pessoas e um abalo nas finanças. Esperamos que este ano possamos equilibrar novamente as contas e fazer a economia girar”.