A sessão da Assembleia Legislativa, desta manhã, foi marcada pela discussão sobre a política de Segurança Pública. Os deputados questionaram a situação alarmante do número de crimes registrados diariamente em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis.
O deputado Gilmar Fabris (PSD) disse que presenciou uma manifestação em frente ao Congresso Nacional, ontem, e pode constatar a falência do sistema ao ouvir do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que o país não tem espaço suficiente nas cadeias para atender a demanda. As declarações do ministro se referem à discussão sobre a redução da maioridade penal. O ministro disse haver atualmente déficit de mais de 220 mil vagas no sistema prisional brasileiro.
“O ministro disse que não há vagas nas cadeias em um momento em que se discute a redução da maioridade penal. Isso é preocupante porque é preciso retirar os criminosos das ruas. O mais sensato seria a aplicação de penas mais severas, inclusive aos menores infratores. Saí horrorizado de Brasília, com esse discurso do ministro da Justiça. Vi o sistema falido. Temos que enfrentar e tentar virar o jogo”, discursou Fabris, ao defender a construção de novos presídios.
Em relação ao combate ao crime em Mato Grosso, o parlamentar reconhece que houve avanço na área de Segurança Pública. Citou o aumento no número de policiais nas ruas, anunciado pelo governo do Estado, ontem à noite, e chamou a atenção à necessidade de gerenciar com firmeza o setor, pois acredita que “quantidade não faz segurança”.
O parlamentar também chamou a atenção para a prestação de contas do secretário de Estado de Segurança Pública, Mauro Zaque, à Assembleia Legislativa, uma forma de avaliar o plano estratégico que está sendo executado para promover segurança à população. O deputado José Carlos do Pátio (SDD) repudiou o número de policiais destacados para atender a corporação em Rondonópolis. Já o líder do governo, deputado Wilson Santos (PSDB) destacou o empenho do Executivo em convocar mais 1.062 homens para atuar no setor.