O secretário-geral do PPS, Rubens Bueno, reforçou, nesta quarta-feira posição da Direção Nacional do partido que condenou a decisão do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (ex-PPS), de declarar apoio ao presidente Lula em troca de uma promessa do Governo Federal em injetar no agronegócio recursos da ordem de R$ 3 bilhões. “Não podemos admitir o abuso do poder econômico, do abuso do poder político. O PPS não é o partido do toma-lá-dá-cá”, afirmou.
A adesão de Blairo à candidatura petista afrontou decisão tomada em Convenção Eleitoral do PPS, onde o partido aprovou apoio formal a Geraldo Alckmin (PSDB). “A partir daí estamos lutando por essa causa. Aqueles que discordaram devem sair do partido e serem desfiliados como é o caso do governador”, observou Bueno.
O pepessista culpou diretamente a relação política adotada pelo atual governo que, segundo ele, se caracteriza pela “comercialização” de apoios. “Do governo Lula pode-se esperar tudo. (A cooptação de Blairo) é uma demonstração clara de que o Brasil não pode continuar fazendo política eleitoral comercializando voto e apoio”, declarou.
Rubens Bueno lembrou que o PPS é um partido de idéias, de projetos, e que apóia o conjunto de mudanças apresentado pelo presidenciável tucano. “Entendemos que o Brasil tem que mudar e a mudança se chama Geraldo Alckmin e não isso que está acontecendo com o governador de Mato Grosso e com o governo Lula”, observou.
O secretário-geral também garantiu que a aprovação da desfiliação de Blairo Maggi é o “sentimento do partido em todo o país, principalmente no Paraná”.