Durante aula do curso de formação dos novos peritos oficiais da Politec, o delegado Luciano Inácio da Silva destacou a importância da perícia para investigação policial e da integração entre as forças de segurança. A palestra ocorreu, esta manhã, na Politec, e teve como público-alvo os 11 peritos oficiais criminais e médicos legistas recém ingressos à instituição.
Ele abordou alguns casos em que a presença da perícia criminal foi fundamental para os esclarecimentos de crimes de homicídio, sequestros e desaparecimentos. Citou também um pouco das experiências vivenciadas enquanto esteve à frente da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, e no setor de desaparecidos da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo ele, na maioria dos casos, a prova pericial se tornou a evidência mais segura e robusta sobre a dinâmica dos fatos e a participação dos envolvidos. “O palco do crime é importante, pois em todo e qualquer crime contra a pessoa deixará vestígios. Mesmo em casos em que não houve confissão, a materialidade de um crime existirá na perícia de local, em um exame de confronto balístico, em um exame de DNA, ou uma digital coletada no local, por exemplo, amarrando as evidências aos fatos, chegando até os envolvidos’’.
O delegado falou, ainda, sobre o caráter investigativo da perícia criminal, que será possível por meio da estruturação de bancos de dados nas áreas de identificação criminal, balística e DNA. “Caminhamos para um futuro em que a perícia oferecerá todos os subsídios para a investigação, e caberá ao delegado apenas prender os suspeitos, mas para isso precisamos aperfeiçoar os meios’’, afirmou.
O delegado Luciano Inácio da Silva atuou por 13 anos como chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. Durante esse tempo de chefia, elucidou os principais casos de sequestros ocorridos entre os anos de 1996 a 2004 no Estado. Luciano Inácio da Silva foi o primeiro delegado a investigar as quadrilhas de novo cangaço em Mato Grosso.
Luciano atuou também na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos em Cuiabá. Foi Diretor Metropolitano da Polícia Civil e atualmente está no setor de desaparecidos da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), onde atenderá os casos motivados por intolerância religiosa.