Será levado a júri popular o principal suspeito de assassinar um menino de cinco anos, em Colíder (165 quilômetros de Sinop). A vítima foi morta por José Edson de Santana, 32 anos, em março deste ano. A principal suspeita é que o réu tenha asfixiado a criança e o corpo foi encontrado em um matagal, às margens da MT-320.
Em outubro deste ano, o juiz Maurício Alexandre Ribeiro determinou a submissão do suspeito a júri popular por homicídio cometido por motivo torpe, mediante asfixia, por meio de simulação e contra menor de 14 anos, além de ocultação de cadáver. A Defensoria Pública, que defende José, chegou a apresentar um recurso, porém, desistiu. Com isso, a decisão se tornou definitiva.
Com a desistência, a juíza Paula Thatiana Pinheiro determinou que acusação e defesa apresentem os nomes das testemunhas que irão depor durante o julgamento. O prazo é de cinco dias. Em seguida, a magistrada deve definir a data do júri.
Conforme Só Notícias já informou, o delegado Breno Houly, da Polícia Civil de Colíder, confirmou que o autor do crime é ex-padrasto da criança. Ele foi identificado através das checagens de câmeras de segurança, que o flagraram pegando a vítima em frente à residência onde o menino morava.
O delegado detalhou, na época, que o crime teria ocorrido por vingança. “Aparentemente porque o pai da criança tinha um vínculo com a mãe, e ele queria que ela fosse para o Pernambuco com ele, mas, com os filhos, não conseguiria romper esse vínculo aqui. Ele acreditou que, com o filho falecendo, ela ficaria frágil e iria segui-lo”.
“O autor desse crime bárbaro era uma pessoa que estava dissimulando, ajudando nas buscas. Ele sabia que a criança estava morta e ficava ajudando. No primeiro momento, a mãe da vítima negava acreditar que ele poderia ser um suspeito, quando eu indaguei se tinha alguma inimizade ou rixa. Ela disse que não, e que ele era bom companheiro. As crianças tinham confiança nele, e realmente tinham”, acrescentou o delegado.
Após ser identificado, ele confessou o crime, mas mentiu inicialmente na localização do corpo que foi encontrado no rio. O delegado explica que o criminoso não apresentou arrependimento. “Foi a confissão dele, com frieza e zero remorso quanto ao crime bárbaro. Com base nisso fomos buscar o corpo no rio, junto aos bombeiros, com mergulhos e barcos. Após câmeras da concessionária a gente consegue ver que ele não passa daquele caminho, então vimos que ele estava mentindo. A investigação foi em outro lugar e conseguiu confirmar onde foi encontrado o corpo”.
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