O nível do Rio Vermelho preocupou a Defesa Civil e famílias ribeirinhas ontem, em Rondonópolis. Com as constantes chuvas na sua cabeceira, o rio atingiu às 18h de ontem a marca de 5,16 metros, ultrapassando em 16 centímetros o nível de alerta, considerado 5 metros. Mesmo assim, a situação ficou sob controle, não havendo o desalojamento de famílias ribeirinhas.
O chefe da Defesa Civil de Rondonópolis, Marcelo Cardinal, informou que o Rio Vermelho subiu dois metros entre as 10h e as 18h de ontem, passando dos 3,16 metros para os 5,16 metros. Com o aumento considerável do nível do rio, a Defesa Civil procedeu durante o dia a leitura da régua de hora em hora e, após ter atingido o nível de alerta, de meia em meia hora. Além disso, alertou as famílias ribeirinhas e organizou as equipes de trabalho.
No caso de desabrigados, dependendo da situação, as famílias serão levadas inicialmente para o ginásio da EEMOP, no Centro. Conforme o chefe da Defesa Civil, os bairros mais suscetíveis à inundação são a Vila Canaã e a Vila Rondon. A sorte, segundo ele, é que nestes dias o Pantanal ainda está relativamente vazio, fazendo com que a água do rio flua e escoa rapidamente, não ficando represada.
Para alívio da Defesa Civil e das famílias ribeirinhas, o nível do Rio Vermelho começou a baixar à noite. Às 20h, havia chegado à marca de 5,05 metros, com tendência de baixa, parando de chover na cabeceira do rio desde o fim da tarde. A Defesa Civil continuou de sobreaviso.
Nos últimos anos, Marcelo Cardinal analisa que diminuiu o número de casas e famílias ribeirinhas em Rondonópolis. Isso porque, segundo ele, muitas dessas famílias saíram dessas áreas ou por conta própria, ou por decisão judicial, ou por pressão social ou ainda porque receberam novas moradias do governo.