O candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, tentou vincular a crise da segurança ao governo federal. Ele também fez questão de estranhar os ataques criminosos contra São Paulo e o calendário eleitoral.
“Têm manifestações localizadas [são paulo], mas [segurança] é um problema nacional. Vejo terrorismo político-eleitoral. Começaram pelo crime para vir para a política”, disse ele hoje durante debate entre presidenciáveis na TV Bandeirantes. “Ladrão não dá tiro em polícia. Querem influir no resultado das eleições.”
Perguntado pelo candidato do PSDC, José Maria Eymael, se o PCC (Primeiro Comando da Capital) não teria nascido em seu governo, que teria criado “depósitos de presos”, Alckmin disse que Lula se omite na questão da segurança.
“Quero lamentar ausência do candidato Lula [no debate]. Porque ele se omitiu na segurança pública. Hoje, por trás está o problema da droga que entra pela fronteira com omissão do governo federal, está o problema do contrabando de armas.”
Saúde
A candidata do PSOL, Heloísa Helena, aproveitou o debate para alfinetar também a gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Ela disse que se for eleita acabará com a cobrança de contribuições criadas na gestão FHC, como a CPMF.
“Tem algo que se eu tiver a honra de ser presidente, farei, é a extinção DRU (Desvinculação das Receitas da União), que saqueia legalmente o dinheiro da saúde e a CPMF”, respondeu ela ao ser perguntada sobre Alckmin sobre seus planos para melhorar a saúde pública.
“Por isso também é muito importante dizer de onde sairá o dinheiro. Será tirado da redução da taxa de juros e, no meu governo, não haverá corrupção, gente roubando embaixo do meu nariz e eu sair por aí dizendo que não vi. Além do crime que foi a desvinculação da saúde do orçamento da União.”