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Custo de cada voto em aldeia indígena no Nortão foi de R$ 4 mil

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Quanto mais os eleitores deixam de votar mais o valor de cada voto encarece para a Justiça Eleitoral, ou seja, para o bolso do cidadão. Isso acontece, seja na zona rural, seja na zona urbana. O valor de cada voto no 1° turno destas eleições na Aldeia Metuktirê que pertence ao município de Peixoto de Azevedo no Estado de Mato Grosso custou R$ 4.483,50. Na aldeia Capoto, pertencente ao mesmo município, o voto custou R$ 1.069,29.

O custo do voto acaba tendo valores altos nesses lugares devido às dificuldades de transporte da urna eletrônica e de todo o aparato para a transmissão dos resultados e principalmente devido à ausência de boa parte dos eleitores nas urnas no dia do pleito. O acesso às aldeias só é possível pela água ou pelo ar, elas ficam distantes respectivamente 1h30 e 1h45 de vôo do município de Peixoto de Azevedo. O custo do vôo para a aldeia Metuktirê foi de R$ 17.934,00. Nesta aldeia são 59 eleitores aptos a votar, mas somente quatro eleitores votaram, por isso o custo de cada voto ficou tão caro.

Na aldeia Capoto, são 60 eleitores aptos, mas somente 17 votaram no 1° turno das eleições de 2006. O vôo para a aldeia custou R$ 18.178,00. Já no Referendo realizado no dia 23 de novembro do ano passado, o vôo para aldeia Capoto custou mais caro que este ano, ficou em R$ 22.780,00. Na época 12 eleitores votaram, o valor de cada voto acabou custando R$ 1.731,66.

A média nacional do valor de cada voto calculado antes do 1° turno destas eleições era de R$3,90 e a média do Estado de Mato Grosso era de R$4,35. O eleitor que mora no Centro da cidade de São Paulo custa para a Justiça Eleitoral cerca de R$ 2,00. O valor de cada voto é calculado dividindo o orçamento do pleito, R$ 500 milhões, pelo número de eleitores aptos.

“O eleitor na avenida Paulista (a mais importante avenida de São Paulo) e o eleitor em aldeias indígenas têm o mesmo valor para a Justiça Eleitoral e ela não mede esforços para que todos possam exercer o seu direito ao voto” declara o presidente do TRE/MT, Antonio Bitar Filho.

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