O secretário Estadual de Segurança Pública, Diógenes Curado, aguarda que os investigadores e escrivães da Polícia Civil retornem ao trabalho para prosseguir as negociações de reajuste salarial e tentar acordo. Enquanto eles estiverem de “braços cruzados”, o governo do Estado decidiu não negociar mais. De acordo com Curado, os profissionais ainda estão sendo contemplados com um acordo realizado com o governo em 2008 e que se encerra este ano, quando os profissionais receberam 15% de reajuste.
“O movimento foi considerado ilegal e o corte de ponto também já foi anunciado pela Secretaria Estadual de Administração (SAD). Não sou eu quem corta o ponto como estão dizendo os grevistas. As atitudes foram tomadas, pois o movimento está prejudicando a comunidade. Estamos vendo a capacidade financeira do Estado para dar o reajuste que podemos”, disse, em entrevista a CBN Cuiabá.
A greve, conforme Só Notícias informou, iniciou em 1º de julho, quando as categorias pleiteavam a equiparação dos salários com a dos peritos, que é de R$ 6 mil inicial. No dia 13 de julho, foi paralisada para negociações e retomada no dia 19. Os investigadores e escrivães consideraram “indecente” a proposta salarial apresentada pelo governo do Estado, que previa salário de R$ 2.460 a partir de dezembro deste ano, para iniciantes, chegando, em maio de 2014, a R$ 3.274.49. Atualmente, o salário aplicado é de R$ 2,3 mil para início de carreira.
O movimento foi considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça, que determinou a retomada dos trabalhos, além de multa diária de R$ 20 mil caso a decisão não fosse acatada, no entanto, a categoria decidiu por manter a greve. Apenas 30% do efetivo mantém os trabalhos, como previsto em lei. Neste período, investigações não estão sendo feitas e vários inquéritos aguardam conclusão.
Esta manhã, em Sinop, maior cidade do Nortão, houve passeata de investigadores e policiais.