Em Cuiabá, na Penitenciária Central do Estado (PCE), cerca de 600 pessoas visitaram presos que estão nos Raios 3 e 4 e no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), aproximadamente 300 familiares puderam ver seus parentes detidos no local. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários so Estado (Sindspen/MT), João Batista, a categoria permanece em greve, mesmo com a declaração da justiça da ilegalidade da paralisação, porém para que as visitas pudessem ser retomadas os servidores atenderam ao apelo feito pela presidente do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF-MT), desembargadora Maria Erotildes Kneip. “Condicionamos as visitas ao limite de um visitante por detento, uma vez por semana e sem a entrada de comida, bebida e roupas”, afirmou
Familiares de presos, a grande maioria mulheres, que foram às unidade reclamaram do atendimento recebido. “Eles humilham a gente de todas as formas”, reclamou uma senhora que pediu para não ser identificada. “Nenhuma mãe quer ver um filho preso, mas se acontece não vai abandona-lo”, comenta outra mulher, mãe de um detendo. “Estou sem ver meu filho desde que começou a greve e agora neste frio eu não posso entregar um casaco para ele”, completa. “Não somos contra o que servidores estão lutando, mas nós não podemos sofrer mais do que já sofremos por uma briga deles”, reclamou outra.
Na opinião do presidente do Sindspen/MT reclamações de familiares de preso não é novidade. Mas ele admite que com a greve e o estresse, a situação se agravou.