O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) divulgou nota repudiando a prisão do repórter-fotográfico Rogério Florentino Pereira, do Olhar Direto, hoje pela manhã, e o tratamento truculento da Polícia Militar dado ao jornalista Jardel Arruda. "Os dois atuavam na cobertura jornalística da ação da "Operação Pérfidos", da Delegacia Fazendária de Mato Grosso, quando foram abordados por policiais militares. Rogério foi revistado e detido sem nenhuma explicação, enquanto exercia seu trabalho, e depois encaminhado para o Fórum de Várzea Grande e para a delegacia do município", expõe o sindicato.
"O repórter Jardel Arruda, ao tentar fotografar a prisão, sem justificativa, de Rogério, foi abordado pelos policiais que afirmaram que não poderiam fazê-lo na área. O Sindjor-MT condena qualquer tipo de ação que obstrua o trabalho da imprensa, conforme assegurado pela Constituição Federal de 1988 no artigo 220, e ressalta que o exercício do jornalismo é garantir à população o direito constitucional à informação".
O sindicato manifesta solidariedade "aos colegas que tiveram seus direitos podados e exigimos a soltura imediata de Rogério Florentino, bem como a rápida e séria investigação do caso, com a punição dos responsáveis pela truculência".
O Olhar Direito informa que Rogério "recebeu voz de prisão de um membro da Polícia Militar, pouco depois de desentendimento com um agente do Sistema Prisional, que fazia o transporte de um preso para o Fórum de Várzea Grande. A argumentação do agente prisional era de que o profissional da fotografia estava em local restrito, nos fundos do Fórum de Várzea Grande, e que, se quisesse, poderia tomar medidas drásticas, como efetuar um disparo. Rogério explicou que estava cumprindo o seu dever, no trabalho, e apresentou seu registro profissional. O local em que o repórter fotográfico estava pertence à Prefeitura de Várzea Grande, comumente utilizado pela Secretaria Municipal de Viação e Obras. O preso, no entanto, não era alvo da operação".
O site tambem informa que, ao ser colocado na viatura, "Florentino pediu ao jornalista Jardel Arruda, que também participava da cobertura da ‘Operação Pérfidos’ pelo Olhar Direto, que fizesse imagens de sua prisão, já na porta do Fórum de Várzea Grande, por precaução. A equipe policial [da viatura] determinou que não fosse feita a fotografia e que, em caso de desobediência, eu também seria preso. Rogério insistiu [em ser fotografado] e, então, eu fiz imagem”, explicou Jardel Arruda, citando o clima tenso enfrentado naquele momento'.
A PM ainda não se pronunciou sobre o lamentável episódio.