Os servidores públicos estaduais realizam um 'apitaço' em frente ao Palácio Paiaguás, esta manhã. Eles estão em greve desde o dia 31 do mês passado e cobram o pagamento integral do Reajuste Geral Anual (RGA) deste ano, retroativo à data base de maio, com a reposição de 11,28% das perdas inflacionárias do ano passado. A última proposta do governo foi pagar 6% divididos em três parcelas: setembro, janeiro e março de 2017.
A presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran), Daiane Renner, disse que a greve continua. "Ainda não fomos notificados pela justiça. Mas, iremos nos reunir em assembleia geral para deliberar sobre os rumos do movimento".
Daiane declarou ainda que o Sinetran também irá recorrer da decisão. “Judicializar a greve é apenas mais uma demonstração de que o governo não sabe dialogar com as categorias, respeitar o servidor e resolver os conflitos criados pelo próprio governo. Não foi nenhuma surpresa. Infelizmente, essa tem sido a prática do governo e até hoje nenhuma greve foi declarada legal no Estado. Porém, cabe lembrar que a liminar é uma decisão provisória e entraremos com recurso após a notificação”.
Na última sexta-feira, o desembargador Alberto Ferreira de Souza concedeu liminar declarando ilegal a greve das categorias da Segurança Pública de Mato Grosso. O sindicato dos servidores da Sema foi um dos acionados pelo governo do estado para que a greve seja declarada ilegal, porém, ainda não houve decisão da Justiça.
No total, 30 sindicatos e associações decidiram em assembleia geral aderir à greve, sendo 29 afiliados ao Fórum Sindical, mais os servidores do Detran (Sinetran).
Apenas duas categorias votaram contra a greve os funcionários da Empresa Mato-grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural (Empaer), reunidos no Sinterp, e os Fiscais de Tributos Estaduais (FTE) da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), representados pelo Sindifisco.