Após assembleia realizada, ontem, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Cuiabá, escrivães e papilocopistas decidiram entrar em estado de greve e vão parar as atividades por um dia, na terça-feira (11). Eles reivindicam aumento salarial, reestruturação de carreira, aumento no efetivo e melhores condições das unidades no país, além de condições de trabalho. O alerta é direcionado ao governo federal e a medida coloca em jogo principalmente a segurança nas fronteiras, nos aeroportos e nas cidades-sedes da Copa do Mundo.
Dezessete estados também apoiaram o manifesto, representado com uma paralisação batizada como "Dia do Algemaço". Hoje, agentes voltaram a se reunir em frente da Superintendência da PF, na capital.
Em nota, o Sindicato dos Agentes da Polícia Federal informa que desde 1996 os concursos realizados para cargos da PF exigem nível superior. A categoria acusa o governo de "dar um golpe nos funcionários", que mesmo exigindo curso superior paga a eles salários de nível médio. Ainda conforme a nota, o salário inicial de uma agente da PF, hoje, é de R$ 7 mil, podendo chegar a R$ 11,8 mil no final da carreira. Porém, as demais agências federais pagam de início R$ 13 mil. Em 2012, a categoria rejeitou um aumento de 15,8% proposto pelo governo após 69 dias de férias.
Além de reestruturação da carreira, a categoria em Mato Grosso pede para que sejam mantidas as atribuições que teriam sido tiradas das mãos da PF, bem como o retorno de agentes, escrivães e papiloscopistas para cargos de chefia. A classe ainda aponta que as delegacias de Cáceres, Barra do Garças, Sinop, Cuiabá e Rondonópolis necessitam de mais agentes, viaturas e reformas do prédios.