O pedido de reintegração de Márcio Pieroni na função de delegado da Polícia Judiciária Civil foi encaminhado para a Procuradoria Geral do Estado, que deve emitir parecer sobre o caso. Afastado desde 9 de maio de 2011, quando foi preso pela Polícia Federal, Pieroni se apresentou formalmente, ontem, à diretoria e aguarda a lotação em alguma delegacia. O direito de voltar ao serviço público foi decidido na terça-feira, após a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) conceder a Pieroni liberdade provisória sem restrições cautelares. Esta foi a primeira vitória da defesa em Brasília, onde tramita ainda outros recursos impetrados pelo delegado.
Conforme a Polícia Civil, a defesa entrou com pedido para que Pieroni volte às funções no dia 15. O advogado de Pieroni, Carlos Freederick, informa que a apreciação da PGE é um trâmite normal e está confiante com a volta do delegado às funções. "Uma vez que as cautelares foram derrubadas, não há motivos para o afastamento".
Na esfera administrativa, Pieroni luta para não ser exonerado. Em dezembro de 2011, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso declinou pela expulsão do delegado por entender que ele cometeu infrações graves no exercício da profissão ao tentar provar que o juiz Leopoldino Marques do Amaral estava vivo, no intuito de tumultuar o processo em que o amigo pessoal, Josino Marques do Amaral, era apontado como mandante do assassinato.