No que depender de Lauro Pereira Camargo, pai do garoto Ryan Alves Camargo, 4 anos, morto afogado no Rio Cuiabá, o assassino confesso Carlos Henrique Costa de Carvalho, 25 anos, não terá sossego até ser condenado pelo duplo homicídio de neto e avó praticado, no domingo (11). Pelas redes sociais, Lauro tem feito campanhas pedindo justiça pela morte do filho e da ex-sogra, Admárcia Mônica da Silva Alves, 44 anos, e compartilhado várias matérias e fotos sobre o assunto. Ele também monitora o perfil do acusado e denunciou que familiares do rapaz excluíram todas as fotos que existiam em seu perfil no Facebook. Notícias com fotos de Carlos tem recebido milhares de compartilhamentos e “curtidas” por pessoas de vários estados brasileiros.
A exclusão das fotografias foi realizada por algum familiar que tinha ou conseguiu a senha, pois ele foi preso em flagrante no mesmo dia do crime ocasião em que seu perfil continuava ativo na rede social com algumas fotos disponíveis, que inclusive foram usadas pela imprensa. A exclusão das fotos, ao que tudo indica, foi feita com intenção de evitar que mais pessoas compartilhassem as fotografias pedindo punição rígida para ele que matou a professora Admárcia Mônica da Silva Alves a facadas, depois jogou álcool em seu corpo dentro do quarto e não satisfeito sequestrou o pequeno Ryan e o levou até a cabeceira da Ponte Júlio Müller sobre o Rio Cuiabá e atirou o garoto vivo para morrer afogado.
Pela rede social, o avô de Ryan, o repórter fotográfico Luiz Alves anunciou que a missa de sétimo da morte do garoto e sua avó Admárcia, ex-esposa de Luiz, será realizada, no sábado (17), a partir das 19h, na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora (Colégio São Gonçalo). Uma segunda passeata pela paz pedindo justiça pela morte de neto e avó está sendo organizada e divulgada pelo Facebook. O ato será na manhã deste sábado com concentração em frente o parque de Exposição da Acrimat. O trajeto será até a ponte Júlio Müller que separa Cuiabá e Várzea Grande, local onde Ryan foi jogado dentro do rio na manhã do dia 11.
Crime
No dia em que foi preso, pouco tempo depois de matar e atear fogo no corpo de Admárcia, o acusado confessou à Polícia Militar ter matado a ex-sogra e jogado o neto dela dentro do rio. Alegou que pretendia fazer a ex-namorada Thassya da Silva Alves, filha de Admárcia e mãe de Ryan sofrer já que ela se recusava a reatar o relacionamento. Contudo, o acusado ficou em silêncio quando foi interrogado pelo delegado Antônio Esperândio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Se reservou ao direito de só falar em juízo. Esperândio concluiu o inquérito na quarta-feira (14) e indiciou Carlos Henrique Costa de Carvalho por duplo homicídio triplamente qualificado. O acusado está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).