A operação no rio Coxipó tem o objetivo de coibir irregularidades e obstruções que possam comprometer o leito. A fiscalização, que aconteceu esta manhã, partiu da necessidade da região e de uma série de denúncias anônimas referentes ao cercamento de parte do rio feito por um morador, com o objetivo de realizar pesca ilegal. Tal postura também resultou no acúmulo de lixo em determinados pontos do curso do rio, colocando em risco a sobrevivência dos peixes.
“Existe uma demanda nesta região, uma vez que alguns moradores das comunidades localizadas próximas ao Rio Coxipó ainda mantém a cultura de tratar essa fonte de água como uma ‘esponja’, que deveria absorver nela tudo aquilo que é descartado. Ao agirmos in loco, não apenas percebermos o quanto isso prejudica o curso da água, como salientamos para a população que a prefeitura não está inerte ao descaso de alguns munícipes, mas sim operando de forma atuante, a fim de coibir toda e qualquer irregularidade que comprometa a saúde do rio e de seus peixes. Não toleramos qualquer violação de nossos afluentes e esta fiscalização segue continuamente para eliminar este problema”, contou Alan Porto, secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.
Fruto da união das pastas municipais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Ordem Pública, Serviços Urbanos e Coordenadoria de Defesa Civil, além do apoio da Polícia Militar, a ação percorreu parte do rio, realizando uma análise local, verificando quais os problemas mais frequentes e de que forma as equipes de limpeza podem agir. Além do descarte irregular de resíduos sólidos, foram encontrados troncos de árvore obstruindo a correnteza e tubulações de esgoto que caem direto no curso da água.
“Precisamos agir antes que seja tarde e estejamos diante de um problema semelhante à trágica situação do Rio Tietê. Em curto prazo, esses terríveis hábitos podem até parecer inofensivos, mas o maior problema são as consequências que o acúmulo de lixo e outras irregularidades do gênero podem causar. Uma vez que parte do Rio Coxipó é contaminado, a correnteza faz com que todos esses dejetos comprometam a saúde do curso. É fundamental deter essas posturas agora, para que em breve não tenhamos um problema grande mais para ser resolvido, resultando na morte desta fonte de água”, revelou José Roberto Stopa, secretário municipal de Serviços Urbanos.
A presença constante das equipes de fiscalização da Prefeitura de Cuiabá contribui também para a educação da comunidade, que passa a se atentar aos abusos rotineiramente cometidos com o rio. Por receio de possíveis punições, os moradores evitam certas atitudes, como aconteceu com o caso do cercamento de parte do curso. Após uma constatação in loco feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, há cerca de 20 dias, os responsáveis retiraram toda a proteção feita em seu entorno, liberando a passagem dos peixes.
Após a fiscalização feita nesta quarta-feira, a prefeitura já planeja uma nova ação mais incisiva, que vai realizar um georeferenciamento das áreas em que é possível percorrer o rio de barco. A partir disso, as equipes irão identificar as maiores irregularidades, diagnostica-las e realizar a limpeza dos pontos necessários.