Laudo toxicológico realizado no corpo de Nicholas Santos Dias, 24 anos, constatou que ele tinha 23,34 dg/l de álcool no sangue quando perdeu o controle da VW Amarok branca que dirigia, na manhã do dia 3 deste mês. Além do condutor, que morreu no local, o acidente também matou Ivonete Magalhães Silva que estava em um ponto de ônibus seguindo para o serviço. O número é quatro vezes acima do limite que passa a ser crime (6 dg/l).
A confirmação foi feita, ontem, pelo delegado Jefferson Dias, da Delegacia de Delitos de Trânsito da Capital (Deletran). Pelo Código de Trânsito Brasileiro bastam apenas 6 dg/l para o condutor ser autuado por crime quando é flagrado ao volante.
Quando a caminhonete perdeu o controle numa curva na avenida Historiador Rubens de Mendonça e bateu no ponto de ônibus também atingiu uma terceira pessoa que sobreviveu ao acidente. Imagens registradas por câmeras de monitoramento existentes nas imediações mostraram quando o veículo em alta velocidade bateu em 2 postes de iluminação pública, numa placa de sinalização e depois no ponto de ônibus onde estavam Ivonete e outra mulher que teve as 2 pernas quebradas e sofreu ferimentos graves.
Antes de bater no ponto de ônibus, Nicholas Dias se envolveu num acidente em um semáforo a poucos metros dali, quando bateu em táxi. Em conversa com o taxista, ele concordou em pagar pelo dano passando o cartão de crédito na máquina em posse do taxista, mas o valor não foi aprovado. Em seguida, Nicholas entregou o cartão para o taxista o procurassem depois, entrou na caminhonete e saiu em alta velocidade até perdeu o controle na curva.
O taxista Túlio Magalhães, 23, dono do veículo atingido pela caminhonete e outros taxistas que o auxiliava foram atrás de Nicholas, mas só conseguiram alcançá-lo após o segundo acidente. O taxista Túlio testemunhou o acidente e foi autuado por omissão de socorro. Assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), mas é considerado vítima. Ele foi liberado depois de ouvido pelo delegado.