A Justiça negou o pedido de prisão preventiva do coronel aposentado da Polícia Militar (PM), João Bosco da Silva. Ele é acusado de tentar matar 2 pessoas dentro da Loja Maçônica Filhos de Hiram, no bairro Jardim Itália, em dezembro do ano passado. A decisão é da juíza da 12ª Vara Criminal, Mônica Catarina Perri Siqueira.
O Ministério Público Estadual (MPE) pediu a prisão do militar porque considera o acusado perigoso e acredita que ele possa coagir as testemunhas do processo, prejudicando a ação. O promotor relata que o militar tem fácil acesso a armas por ser da reserva e pode portá-las.
A justificativa não convenceu a magistrada. A juíza acredita que a prisão não é necessária porque Bosco tem endereço fixo e uma conduta social aparentemente idônea, além de ser militar e membro da maçonaria, instituição bastante conceituada.
O crime aconteceu durante a festa de confraternização da loja maçônica. Bosco teve um desentendimento com o venerável mestre da loja, César Vidotto. O coronel foi até a casa dele e voltou armado para tomar satisfações com o Vidotto, que estava na cozinha.
Antes de chegar ao ambiente, José Dimas tentou impedi-lo, mas não conseguiu. Bosco fez vários disparou. Um deles atingiu Vidotto de raspão e o outro perfurou o abdome de Dimas.
Em depoimento na delegacia, o coronel disse que teve uma discussão com Vidotto, que deu um tapa no rosto dele. A cena foi vista pela filha de Bosco, o que o deixou ainda mais revoltado.
Ele foi até a casa e pegou o revólver. Quando foi conversar com a suposto agressor, ele teria voltado a bater no rosto dele e o coronel aposentado, fez disparos para se defender.O coronel responde processo por dupla tentativa de homicídio qualificado.