O júri popular do empresário Rogério da Silva Amorim, 41, o pedreiro Carlos Alexandre da Silva, 33, e o motorista Paulo Ferreira Martins, 43, acusados pelo assassinato da adolescente Maiana Vilela Mariano,16, foi remarcado novamente. A nova data será no dia 9 de novembro. A transferência foi assinada pelo o relator, desembargador Luiz Ferreira da Silva.
Conforme os autos do processo, é a segunda vez que o júri é adiado. Inicialmente o julgamento estava marcado para o dia 24 de setembro, mas o advogado Waldir Caldas, que defende Rogério, estava de atestado médico pelo período de 10 dias, o que motivou a alteração na data do júri para o dia 5 de outubro.
Ainda segundo o relatório, em setembro, os suspeitos entraram com uma liminar pedindo o desaforamento de julgamento, para outra unidade judiciária. Porém o pedido foi indeferido pela Justiça.
"Os requerentes aduzem que “o caso vertente, provocou e provoca grande clamor social perante a sociedade cuiabana e baixada que compromete a imparcialidade do Júri”; sustentando, ademais, que “desde a fase inquisitorial e deflagração da Ação Penal restou veiculado na imprensa de forma excessiva, inúmeras matérias jornalísticas tendenciosas a afirmar a culpabilidade dos réus”, situação que, no entender deles, influencia negativamente no caso sub judice", diz trecho do documento.
O trio foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Carlos e Paulo são réus confesso pela morte da adolescente, que era amante do empresário Rogério Amorim. Os dois não só deram detalhes de como mataram Maiana por enforcamento, a mando segundo eles, de Rogério, como apontaram o local onde enterraram o corpo. Os restos mortais foram encontrados no dia 25 de maio de 2012 numa cova rasa na região da Ponte de Ferro, em Cuiabá. O local foi apontado pela dupla.
Maiana desapareceu em dezembro de 2011 e a Polícia Civil que investigou o caso concluiu que um pagamento de R$ 400 para um caseiro em uma chácara no bairro Três Barras foi a armadilha usada pelo empresário Rogério Amorim para atrair a adolescente que estaria o pressionando para que separasse da esposa e ficasse somente com ela.
Na chácara, a menor foi morta por Paulo Ferreira Martins que confessou o crime e disse que matou a jovem por asfixia. O corpo, segundo ele, foi levado por Carlos Alexandre para uma chácara no Coxipó do Ouro onde foi enterrado. Somente 5 meses depois é que a dupla levou a Polícia ao local onde o corpo estava enterrado. Num segundo momento, ambos mudaram de versão e negaram a autoria do crime bem como tentaram isentar o empresário como mandante, mas a Justiça não se convenceu da segunda versão e o júri popular foi mantido.