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Cuiabá: juíza fixa em R$ 25 mil fiança para advogado acusado de suborno ser solto

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A justiça estipulou em R$ 25,2 mil (32 salários mínimos) a fiança para o advogado acusado de suborno ser solto. A decisão é da juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá que também estipulou fiança para o acusado, de 21 anos, no valor de R$ 7, 8 mil preso na mesma ocorrência. Ambos precisam pagar em dinheiro para que possam acompanhar livres a instrução criminal. O advogado foi preso acusado de oferecer propina para policiais militares soltarem 2 clientes presos em flagrante por porte ilegal de arma no bairro Santa Helena.

As prisões foram feitas pela Polícia Militar, quarta-feira à noite, por volta das 21h. Willian foi indiciado por posse irregular e porte ilegal de arma de fogo de calibre permitido e corrupção ativa enquanto o advogado foi indiciado por corrupção ativa.

O terceiro envolvido no episódio policial, de 25 anos, teve a prisão preventiva decretada pela magistrada. Ele foi preso e indiciado pelo crime de corrupção ativa e porte ilegal de munição de uso permitido. Consta nos autos que ele tem antecedentes criminais pelos crimes de uso de documento falso, roubo a mão armada e posse de drogas. Para a juíza, isso “evidencia sua atual periculosidade social e consequente risco à ordem pública, assegurando ainda mais a necessidade da medida extrema”, destacou ela justificando a prisão preventiva.

“Por ser de suma importância, consigno que a reprovabilidade da conduta delituosa imputada a um operador do direito, que é conhecedor das leis e suas implicações, é maior do que a de qualquer outra pessoa que venha ser acusada do cometimento do mesmo delito. Por este motivo a fiança, in casu, foi arbitrada em valor mais elevado da que foi estipulada para o outro indiciado, até mesmo porque em virtude da profissão que exerce, possui melhor condição financeira e poderá arcar com o pagamento desse montante”, despachou a magistrada nesta quinta-feira (14).

Na versão da Polícia Militar, após a prisão da dupla os policiais já estavam a caminho da Central de Flagrantes com os 2 suspeitos, quando o celular de um deles tocou e foi atendido por um dos policiais. Disseram que o homem se identificou como advogado e que queria negociar a liberação do cliente. Disse que teria R$ 2,5 mil em mãos. Perguntou aos policiais para onde estavam indo e quando disseram que iriam para a delegacia, disse que os encontrariam lá.Os militares disseram que no local foram abordados pelo advogado, que entregou o dinheiro. Neste momento, os PMs deram voz de prisão advogado. Ele ainda portava mais R$ 446 em um dos bolsos.

Em depoimento, acompanhado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o advogado negou que tivesse oferecido propina aos policiais. Disse que o dinheiro que portava era proveniente de honorários recebidos durante o dia, que não teve tempo para depositar. A OAB acompanha o caso do advogado e deverá instaurar procedimento administrativo para investigar sua conduta.

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