Para garantir a segurança dos usuários, o Hospital Universitário Júlio Müller fechou temporariamente o espaço físico onde funcionava a Clínica Médica. Dez dos 30 leitos do local, onde os pacientes ficavam internados em tratamento, foram transferidos para a Clínica Cirúrgica que já possui 24 leitos. Algumas camas hospitalares foram realocadas para duas salas do setor que eram administrativas. Até que a obra nas duas clínicas seja concluída, o hospital terá um déficit de 20 dos 115 leitos ativos que possui.
De acordo com o superintendente da unidade, Francisco Souto, esse impacto será menor à medida que a reforma avance para outros blocos do hospital, como a pediatria. Isso porque as demandas de leitos nas clínicas são as maiores da unidade de saúde. A decisão de diminuir provisoriamente o atendimento na internação foi adotada pelo hospital após o parecer técnico da empresa responsável pela obra, que apontou o risco de desprendimento de parte do revestimento do teto.
No parecer assinado pelo diretor presidente de uma construtora, José Tiago Funabashi, e pelo engenheiro responsável da obra, a medida é necessária para evitar possíveis acidentes, considerando às condições da laje dos prédios em reforma. "Devido ao longo período de exposição à água (infiltração) pode haver alguns pontos com revestimentos do teto soltos, o que pode causar desprendimento e atingir usuários do hospital, assim como funcionários e aparelhos”.
Os leitos foram desocupados aos poucos à medida que os pacientes receberam alta, explica o gerente de Atenção à Saúde, Eduardo De Lamônica, um dos fundadores do hospital. Emocionado, o médico lembra que o Júlio Müller foi criado há três décadas e nunca tinha passado por uma reforma tão grande na estrutura.
Vale ressaltar que a recuperação da cobertura possibilitará a realização de outros reparos no prédio. Segundo o gerente administrativo, Cassiano Falleiros, os cabeamentos da rede elétrica e da informática do hospital também estão sendo trocados, além de outros equipamentos como circuitos e interruptores.
Reforma – hoje, a reforma da cobertura completa um mês. Apesar das chuvas ocorridas ainda em maio, a obra segue dentro do prazo. Orçada em R$ 2,360 milhões, na reforma da cobertura do HUJM está sendo feita a instalação de uma estrutura metálica para sustentar uma telha especial com isolamento acústico em cerca de 9 mil m2 de cobertura. A empreiteira foi contratada através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A definição do investimento prioritário foi feita após a conclusão de um trabalho de consultoria de projetos, realizado por uma empresa contratada também via Ebserh.