A prefeitura e a Federação das Instituições Filantrópicas e Assistenciais de Saúde de Mato Grosso (FEHOSMT) estão unindo forças para tentar solucionar os atrasos nos repasses do Ministério da Saúde. O recurso seria para o pagamento das contratualizações que o SUS mantém com as instituições privadas e filantrópicas para atender aos procedimentos de média e alta complexidade, o chamado Teto MAC.
Por meio desse convênio, a prefeitura contrata leitos e serviços médico-hospitalares para complementar a rede pública. Normalmente, o repasse, de aproximadamente R$ 10 milhões, é feito pelo Ministério da Saúde entre os dias 08 e 10 de cada mês. O repasse de dezembro, relativo à produção dos meses de outubro e novembro, no entanto, não foi feito até esta quarta (17).
Segundo informações extraoficiais recebidas pela Secretaria de Saúde de Cuiabá, o Ministério deverá liberar 70% do valor conveniado até a próxima sexta-feira (19), e os 30% restantes na primeira semana de janeiro.
Membros da FEHOSMT e representantes de hospitais privados e filantrópicos foram recebidos pelo prefeito Mauro Mendes e o secretário de Saúde do Município, Werley Peres, na última terça-feira para tratar do assunto. Os empresários estão preocupados com o atraso e pediram que a prefeitura interceda no assunto para tentar impedir que os atrasos resultem em prejuízos à população, uma vez que alguns deles admitem interromper o fornecimento dos serviços se os atrasos persistirem.
“Nós sempre estaremos abertos para fechar parcerias com os setores organizados da sociedade em nome do interesse público. Estamos preocupados com esses atrasos, especialmente porque eles estão se dando em todo o país, não é um caso isolado de Cuiabá ou Mato Grosso”, frisou Mauro Mendes. De acordo com ele, “vamos estudar todas as possibilidades que temos para interceder junto ao Ministério para garantir que os serviços da nossa rede complementar da alta e média complexidade não sofram qualquer prejuízo”.
A presidente da Federação, Maria Elizabete, se declarou satisfeita com a disposição do prefeito e do secretário de Saúde em se envolverem na busca de soluções. “Sabemos que o problema é do Governo Federal, mas trouxemos o assunto ao prefeito para tentarmos em conjunto encontrar as soluções que o caso requer”, explicou Elizabete.