Os funcionários lotados na Plataforma de Serviços Operacionais (PSO) do Banco do Brasil, em Cuiabá, decidiram paralisar as atividades por 24 horas na quinta-feira (30). A decisão foi tomada em assembleia dos trabalhadores, na última sexta-feira, e tem o objetivo de cobrar o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2013/2014, no qual o banco se comprometeu a efetivar todos os escriturários que atuavam há mais de 90 dias como caixa executivo. O problema ocorre há mais de cinco anos nas agências do banco de Cuiabá.
Na mesa de negociação sobre a pauta de reivindicações dos funcionários do PSO de Cuiabá, os representantes da unidade falaram da dificuldade de nomear todos os caixas, apesar de reconhecer o problema de Mato Grosso. Apresentaram a proposta de efetivar apenas dez vagas, neste momento.
Diante disso, o secretário de assuntos jurídicos do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) e funcionário do Banco do Brasil, Alex Rodrigues, afirmou que a proposta era insuficiente, pois são 40 escriturários que atuam na atividade de caixa na Plataforma de Serviços Operacionais (PSO) e desses mais de 30 atuam há mais de dois anos como caixa, e pelo menos 18 trabalham há mais de cinco anos nesta função. “Portanto, agora, no dia 30 vamos lembrá-lo do compromisso assinado em 2013. Já que o BB está esquecendo 30 funcionários”.
O sindicato protocolou na Gerência de Pessoas (GEPES) do banco a minuta de reivindicação aprovada em Plenária, realizada no dia 12 de fevereiro, solicitando abertura de negociação.
As reivindicações aprovadas na Plenária são: efetivação como caixa executivo de todos os escriturários que atuam no PSO a mais de 90 dias a contar da data de implantação do PSO; Fim do nível 3 para caixas executivos ou o pagamento correspondente ao risco assumido por aqueles que assim optarem, proporcional a comissão da gerência média; Proibição de terceirização de qualquer atividade dos funcionários do PSO; Pagamento retroativo de todas as perdas remuneratórias, bem como,a pontuação por mérito, para todos os escriturários que atuaram irregularmente como caixa substituto desde a implantação do PSO; e abertura de negociação com o banco com prazo máximo de 30 dias para apresentação de proposta que contemplem as reivindicações.
De acordo com a assessoria do sindicato, o banco reestruturou o setor de caixas das agências de Cuiabá, criando um órgão que ficou responsável por todos os funcionários que atuam como caixas nessas agências. Esse órgão passou a se chamar Plataforma de Serviços Operacionais (PSO).
O banco ao criar a nova plataforma deveria efetivar todos os escriturários como caixas executivos, afinal essa é a função exercida pelos funcionários. São em torno de 85 trabalhadores, só a metade foi nomeada Caixa Executivo e a outra metade ficou como escriturário.
Ocorre que os escriturários que estão na função de Caixa Executivo sofrem diversos prejuízos financeiros. Por exemplo: caso esse trabalhador fique doente e precise sair de licença, não receberá como caixa e sim como escriturário. Além disso, também a Participação nos Lucros e Resultado (PLR) tem sido paga, posteriormente, aos demais trabalhadores e com diferenças.