A Justiça concedeu liberdade provisória ao empresário Rogério da Silva Amorim, 39 anos. Ele é apontado como mandante da morte da adolescente Maiana Mariano, 16 anos. O crime ocorreu no dia 21 de dezembro do ano passado, em Cuiabá. O habeas corpus foi concedido pelo desembargador Manoel Ornellas de Almeida, ontem à noite, que acolheu a tese da defesa de prisão por excesso de prazo.
O pedido, assinado pelo advogado Waldir Caldas Rodrigues, aponta como prova do excesso de prazo a anulação da sentença de pronúncia de Amorim e outros dois acusados, concedida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso no mês passado. "Diante do cancelamento e até que o juízo elaborasse nova decisão de pronúncia decorreria tempo suficiente para caracterizar o excesso de prazo", aponta Caldas.
A anulação da decisão da juíza Tatiane Colombo, que mandou Amorim, Paulo Ferreira Martins, 40, e Carlos Alexandre da Silva, 30, para júri popular ocorreu pelo fato da sentença ter sido expedida antes da juntada aos autos das alegações finais dos acusados. Com isso, o processo volta à fase de instrução e, para que os três acusados sejam julgados pelo júri popular uma nova sentença deverá ser proferida.
Para o Ministério Público do Estado (MPE), o empresário arquitetou e ordenou a morte da adolescente, com quem mantinha um relacionamento amoroso. Martins e Silva seriam os executores. Ela foi morta por asfixia e enterrada. Os restos mortais só foram descobertos em maio, em uma chácara na região da Ponte de Ferro. Martins e Silva estão presos e confessaram o crime .