Com a umidade relativa do ar alcançando níveis cada vez mais baixos em todo o Estado, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil de Mato Grosso alerta a população quanto aos cuidados com a saúde. No Estado, a taxa está em 18%. O menor índice é o registrado em Cuiabá e Várzea Grande, que já chegou a 14%. Para ser classificado como situação emergencial o valor deve estar abaixo dos 12%. Entre os principais efeitos da baixa umidade do ar estão problemas respiratórios, desidratação e aumento de infecções.
Gerente de monitoramento da Defesa Civil Estadual, major Robson dos Santos Coronel, explica que o tempo seco é resultado do aumento da temperatura e a baixa incidência de chuvas no Estado nos meses de julho a setembro. De acordo com ele, diariamente são encaminhados para as prefeituras boletins atualizados com a previsão do tempo e a umidade relativa na região. O objetivo é informar os municípios e indicar quando há riscos à saúde da população.
“É um período que requer atenção, cuidados e readequações, como por exemplo, a prática de atividades físicas. Com esse tempo seco, não é recomendável que as pessoas se esforcem em excesso. Ambientes fechados e quentes também devem ser evitados”.
O major ainda aponta os registros de queimadas como fator que contribui para a queda na umidade relativa do ar. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 8.115 focos de calor em Mato Grosso desde o início do ano. Somente no período de 1º de julho a 14 de agosto (meses críticos), foram 3.796, o que representa quase 40% do registrado em 2015.
“As queimadas interferem muito no tempo seco. Com tantos focos de calor no Estado é impossível manter um clima agradável para a população. A umidade relativa do ar próxima aos 12% já é considerada emergencial”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece o índice acima dos 60% como ideal para a saúde humana e abaixo dos 30% como não adequado. Conforme classificação, entre 21% a 30%, o estado é de atenção; de 12% a 20% de alerta e abaixo dos 12% de emergência.