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Cuiabá é a quarta pior capital em matéria de sinalização urbana

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Cuiabá é a 4ª pior capital em sinalização urbana e teve nota 1,9 em uma avaliação de zero a 10 realizada pelo projeto Mobilize Brasil. O levantamento que analisou a sinalização urbana, especialmente para pedestres, ciclistas e usuários de transporte público, recolheu informações de 13 capitais. Entre as reclamações em Cuiabá estão a falta de ciclovias ou ciclofaixas, pouca acessibilidade, falta de informações sobre as linhas e trajetos do transporte coletivo.

Foram analisados nove pontos de grande circulação de pedestres, ciclistas e veículos em Cuiabá, como as avenidas Tenente Coronel Duarte, Fernando Corrêa da Costa, Miguel Sutil próximo ao parque Mãe Bonifácia, além de pontos nos bairros como a avenida V2, no Parque Nova Esperança.

Em frente ao principal parque da Capital, a avenida Miguel Sutil tem um alto fluxo de ciclistas, principalmente no início do dia e ao entardecer. Porém, quem decide se deslocar até o parque utilizando esse meio de transporte alternativo sofre com a falta de sinalização para os ciclistas, além dos poucos locais para a travessia. Nesse trecho a nota foi zero, por causa da total ausência de auxílio para os ciclistas, o que é constatado diariamente por quem frequenta o parque.

Para o delegado Luiz Henrique de Oliveira, 36, que se mudou há pouco mais de um mês para a Capital, os problemas da sinalização acontecem não só na Miguel Sutil, mas em toda a cidade. “Aqui a gente sempre anda de carro e faltam incentivos para quem quer ir a pé ou de bicicleta. A questão da urbanização poderia ajudar nesse incentivo, com mais árvores e melhores calçadas, mas apesar das evoluções nos últimos sete anos, muita coisa ainda precisa ser feita”.

A educadora física Mariane Camargo, 25, afirma que apesar da cidade estar sobrecarregada com o alto número de veículos, não há incentivos para quem deseja trocar o carro pela bicicleta. “Fui para o Rio de Janeiro e lá conseguimos fazer tudo de bicicleta, nem alugamos um carro. Mas lá você tem as ciclovias e a segurança, já aqui nem mesmo a sinalização existe, o que é uma pena, pois muitas pessoas andariam de bicicleta se a cidade fosse melhor sinalizada e dessem prioridade para quem não quer ir de carro”.

Já na avenida Fernando Corrêa, próximo ao viaduto da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o problema apontado pelo levantamento foi a dificuldade de informações para os usuários de transporte coletivo, porém, a falta de sinalização para pedestres e a precária acessibilidade da região também estão presentes na área.

O pintor Adilson Ribeiro de Oliveira, 31, utiliza os ônibus para trabalhar e para as atividades de lazer de sua família. Ele reclama que não há informações oficiais disponíveis, o que pode gerar confusões e até a chegada a um destino inesperado. “Não existem informações nos pontos, poderia ser um cartaz ou letreiro com as linhas que passam naquele lugar e em que horário. Porque como está a gente fica sem saber quando passa o próximo ônibus e para chegar a um lugar que não conhece depende da ajuda das pessoas, o que pode levar a um lugar diferente do que você quer ir”.

Nesse mesmo ponto, o autônomo Rui Rodrigues, 42, reclama da falta de acessibilidade, pois os cadeirantes enfrentam dificuldades diárias por causa da falta de sinalização e principalmente respeito a quem não pode se locomover tão rápido. “A acessibilidade aqui em Cuiabá é zero, mas na Fernando Corrêa é pior. As calçadas estão quebradas e ainda têm vários carros que estacionam e atrapalham a passagem com a cadeira. Já liguei para os amarelinhos para denunciar e só falam que vão mandar uma equipe, mas nunca fazem nada”.

Na rua Galdino Pimentel, no Centro de Cuiabá, o problema apontado pela pesquisa foi a falta de sinalização para pedestres, como placas educativas ou com informações sobre pontos turísticos e advertências, quesito que levou nota quatro no levantamento. Mas para quem chega ao calçadão, não há nem mesmo uma placa com o nome da rua o que causa confusão para quem não conhece muito a região.

“Aqui não tem informação nenhuma para pedestres. Acabei de ouvir uma pessoa perguntando no ponto de ônibus onde era a rua Galdino Pimentel e ninguém sabia responder. Precisamos de mais sinalização, não só para os turistas, mas para quem não mora aqui há tanto tempo e também para os idosos”, reclama a dona de casa Izabel Gomes Ferreira, 50.Há 20 anos trabalhando no mesmo ponto na Galdino Pimentel, o comerciante Aparecido Pires, 43, já deu informações sobre as ruas da área central inúmeras vezes. “Como não tem placa de informação, sempre aparecem pessoas perguntando e isso é para quem mora aqui, porque quando é turista a coisa piora”.

Outro lado

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Cuiabá informou que o contrato com a empresa que irá fazer a sinalização viária (manutenção e melhorias) está na fase de finalização e a previsão é de que no próximo mês os trabalhos comecem. Sobre a sinalização para pedestres, afirma que todos os calçadões do Centro Histórico têm placas com os nomes das ruas, assim como as praças e pontos turísticos da região.

Em relação às informações nos pontos de ônibus, a Prefeitura e a Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (MTU) realizaram um trabalho onde foram inseridas informações de linhas do transporte público no Centro por causa da mudança das rotas e existe um projeto de expansão, mas a responsabilidade é da MTU. A reportagem entrou em contato com a MTU, mas a assessoria não atendeu as ligações.

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