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Cuiabá é a 7ª capital brasileira no ranking de assassinatos de jovens

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Trezentos e vinte e três adolescentes, de 12 a 18 anos, serão vítimas de homicídio em Cuiabá de 2006 a 2012. A estimativa aponta que, em média, 4 jovens serão assassinados por mês na cidade, que ocupa o 7º lugar entre as capitais brasileiras. O Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) em Cuiabá é de 3,83, ficando acima da média nacional que é de 2,03 para cada mil habitantes da mesma faixa etária, quando o aceitável seriam valores próximos de 0. Em Várzea Grande, o IHA é de 4,13, superando os registros de Cuiabá. Na cidade vizinha, o estudo aponta que serão 163 jovens assassinados entre 2006 e 2012.

Os dados foram apresentados ontem pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Observatório de Favelas.

Em todo o Brasil, foram avaliados 267 municípios com mais de 100 mil habitantes, concluindo que entre 2006 e 2012 serão assassinados mais de 33 adolescentes, caso o cenário atual das cidades não mude. Em Mato Grosso, Rondonópolis e Sinop também fizeram parte da pesquisa.

Para o sociólogo Naldson Ramos a situação é reflexo de fatores múltiplos relacionados à cultura de consumo, abandono familiar, falta de preparo das escolas e ausência de políticas públicas para essa classe em constante transformação, influenciada pelos meios de comunicação.

O sociólogo explica que muitos pais não se comprometem com a educação dos filhos e deixam a responsabilidade à escola. Isso, quando chegam a efetuar a matrícula dos jovens, que estão abandonando os estudos. Por outro lado, os próprios educadores nem sempre estão preparados para atender esses jovens, que terminam influenciados por outros adolescentes. Dessa forma, esse grupo fica vulnerável ao envolvimento com drogas e gangues. Ramos lembra ainda que a diferença social do país, associada ao consumismo, empurra os jovens ao mundo da criminalidade, sempre em busca de elementos que supram a necessidade consumista.

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