O vice-presidente da empresa que coleta lixo na capital, Luiz Poggio, explicou, na câmara municipal, que a precariedade do serviço está ocorrendo porque a prefeitura não realinhou os valores do contrato de concessão firmado com a concessionária para a prestação dos serviços de coleta de lixo. “É preciso explicar que isto vem ocorrendo porque nos últimos quatro anos a cidade de Cuiabá cresceu com o nascimento de novos bairros e condomínios. Para termos uma regular coleta é preciso uma frota com 37 caminhões coletores, no entanto, temos apenas 30. O não investimento na renovação da frota e na aquisição de novos caminhões foi devido à perda de faturamento ao longo do contrato, o que provocou desequilíbrio nas contas da Ecopav. É possível um realinhamento financeiro contratual, conforme preceitua a lei 8.666/93. Quero aqui deixar registrado que foi prometido pela gestão do ex-prefeito Mauro Mendes o realinhamento, mas não aconteceu”, alegou o vice-presidente da Ecopav.
Não foi informado o valor adicional que está sendo pleiteado. O valor mensal pago pela prefeitura de Cuiabá para empresas coletar o lixo gira em torno de R$ 1,7 milhão. São coletadas cerca de 17 mil toneladas/mês de resíduos sólidos.
Os vereadores foram unânimes em cobrar da empresa concessionária uma solução urgente para a regularização da coleta de lixo, pois entendem que a população não pode pagar por erros da concessionária e da gestão passada.
"Os vereadores vão cobrar uma solução urgente, seja o atual prefeito fazendo uma pactuação do contrato com essa concessionária ou um contrato emergencial com outra empresa, até que se faça uma nova licitação. O que não pode é milhares de pessoas ficarem com lixos amontoados em frente às suas residências, até o mês de outubro, quando vence o contrato da Ecopav com a prefeitura”, disse o vereador Dilemário, através da assessoria.