A penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, passou por uma varredura, esta tarde, após circular informações de que algumas presas que cumprem pena na unidade estariam atualizando suas páginas no Facebook com a postagem de fotografias, muitas delas em poses sensuais que mostram ao fundo paredes semelhantes às de presídios. No procedimento, realizado por agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE) e Grupo de Intervenção Rápida (GIR), todas as detentas são retiradas das celas e levadas para o pátio e área de banho de sol. Todas os espaços da penitenciária são revistados. A varredura inclui ainda revista pessoal em cada um das presas.
O secretário Luiz Antônio Possas de Carvalho diz que o procedimento é normal e ocorre uma vez por mês. Confirmou que a cada varredura são encontrados celulares, drogas e outros objetos ilícitos, por isso não descarta que as presas tenham celulares com internet dentro da unidade. Contudo, sobre os perfis apontados como sendo de detentas do Ana Maria Couto, ele confirma apenas uma fotografia. “Somente uma foto é de dentro da unidade, mas ela é antiga, foi tirada há mais de um ano”, justificou o secretário.
Sobre as demais fotografias divulgadas em alguns perfis mostrando ao fundo celas de presídios, o secretário diz que não são de Cuiabá. “Outras fotos não foram feitas lá [presídio feminino de Cuiabá] não. Pela aparência das celas e do corredor não batem com a unidade. Os nomes que aparecem também são fictícios”, destaca ele. Ainda de acordo com Pôssas, a detenta que teria postado uma foto de dentro da cadeia há cerca de 1 ano já não está mais na unidade. Durante a varredura se for confirmada alguma presa que está em posse de celular atualizando redes sociais, a punição vai de medidas administrativas com a retirada de algumas regalias à instauração de processo criminal, cuja punição é ao final é o aumento da pena.
De acordo com o secretário, existe um plano em andamento para instalar bloqueadores de sinal de celulares em todas as unidades prisionais de Mato Grosso. A tecnologia já foi escolhida e será a israelense que bloqueia qualquer transferência de dados, mas somente nos presídios. Não interfere no sinal de residências localizadas num raio de até 25 metros dos presídios. Luiz Antônio Pôssas explicou que agora será lançada a licitação para a locação dos serviços, pois a compra dos equipamentos é muito cara e se tornam obsoletos num espaço de tempo muito curto. Isso porque os presos e os criminoso estão sempre a procura de novos métodos de burlar a segurança.
Dessa forma, com a contratação de uma empresa que ofereça os equipamentos e pessoas treinadas para operá-los, cabe a ela estar sempre se atualizando para oferecer os serviços que atendam às necessidades da Sejudh. A prioridade será instalar os bloqueadores em todas as unidades prisionais com capacidade para mais de 200 vagas. Depois, a meta é expandir para todas as cadeias existentes em Mato Grosso.