A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Ministério Público Estadual decidiram autorizar o depósito do lixo, em caráter emergencial, numa área antiga do próprio aterro, denominada platô, até que a Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), conclua os trabalhos na célula emergencial, que será destinada a essa finalidade. O problema em relação à destinação do lixo produzido na capital, cerca de 500 toneladas, se agravou, ontem à tarde, quando a empresa responsável pela coleta e gestão do aterro municipal – cuja capacidade se exauriu nos últimos dias -, ameaçou paralisar suas atividades. A Qualix Serviços Ambientais já vinha reduzindo a coleta em Cuiabá nos últimos dias em cerca de 10%, deixando de retirar das ruas cerca de 50 toneladas de lixo por dia. A empresa ameaçou parar os serviços definitivamente até que a prefeitura regularizasse a situação. No final da tarde, 11 caminhões estavam estacionados no pátio do aterro por não terem onde depositar o lixo.
Segundo informações da prefeitura de Cuiabá, a Companhia de Saneamento de Capital (Sanecap) está preparando uma área de 4 mil metros quadrados, relativa a um acordo firmado com o Ministério Público, na célula provisória que tem 7.038 mil metros quadrados, a fim de resolver o problema de forma paliativa. Técnicos da Sema estão acompanhando o trabalho de perto a fim de liberar essa área o mais rápido possível.
Assim, carga recolhida ontem no centro da cidade e a de hoje será temporariamente depositada nessa célula antiga para depois ser levada para a célula emergencial.
A coordenadora de Gestão de Resíduos Sólidos da Sema, Solange Cruz disse que foi autorizado o depósito do lixo “a fim de atender a população da capital”.
Em maio deste ano, a Sema liberou pela quarta vez a utilização de uma área emergencial, a célula emergencial de 7.038 m2, dentro do atual aterro sanitário de Cuiabá, para que a Prefeitura pudesse dar destino final, de forma provisória, ao lixo recolhido na capital.
Naquela ocasião, para implantar a área, foi estabelecido um cronograma físico que previa a conclusão de obras e início da operação na área emergencial além de uma data de utilização da área (seis meses) que inclui as lagoas de tratamento de chorume, como áreas também destinadas a disposição de resíduos.
A célula emergencial atenderá o depósito dos resíduos em caráter emergencial, enquanto a administração pública municipal providencia um novo aterro para a cidade.