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Cuiabá: consórcio apresenta plano de manutenção do VLT e nega danos em vagões

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Como parte do acordo de conciliação realizado junto à Justiça Federal, o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande recebeu, hoje, representantes do governo do Estado, a imprensa e o Tribunal de Contas do Estado para uma vistoria dos vagões que estão parados no pátio do Centro de Manutenção e Controle Operacional, em Várzea Grande. O plano de manutenção prevê operações para armazenamento de até dois anos. Após esse período, caso o modal não esteja concluído, novas atividades terão que ser incrementadas no plano, mas os custos, não foram divulgados.

Através de técnicos e engenheiros, o Consórcio VLT juntamente com a CAF Brasil, fabricante dos equipamentos, ficaram responsáveis por repassar as informações. Eles garantiram que os 40 vagões estão todos em plenas condições de funcionamento e não existe nenhuma avaria ou desgastes devido à exposição ao sol, chuva e poeira. Entre os argumentos, destacam que o VLT vai operar sob o sol e chuva e dessa forma, sua fabricação utiliza produtos resistentes para suportar tais condições e o fato de estarem parados no pátio da empresa não gera prejuízos aos equipamentos.

Na vistoria, conforme foi acordado em juízo, deveriam estar presentes, em tese, todas as partes envolvidas e interessadas na conclusão do VLT. Porém, dos Ministérios Públicos, Estadual e Federal não compareceu nenhum representante. O governo do Estado, por sua vez enviou o secretário-adjunto da Secretaria de Cidades e um representante da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

A audiência de conciliação das empreiteiras responsáveis pelas obras do VLT com o governo do Estado conduzida pela juíza da 5ª Vara Federal, Vanessa Perenha Gasques, foi realizada no dia 7 deste mês. À ocasião, ficou acordado alguns compromissos a serem cumpridos pelo Consórcio e também pelo governo sendo que a apresentação desse plano de manutenção dos equipamentos parados no pátio da empresa é um deles. Também foi definido o prazo de 75 dias para o governo apresentar o plano de desapropriação de pelo menos 160 imóveis de um total de 300 que deveriam ser desocupados.

Outro compromisso firmado pelo governo foi de apresentar um plano de pagamento dos R$ 160 milhões que o Consórcio VLT afirma que estão atrasados relativos a obras executadas em outubro, novembro e dezembro de 2014. E ainda de analisar e dar uma resposta ao pedido das empreiteiras para reequilíbrio econômico financeiro, ou seja, o consórcio fez o pedido, em outubro de 2014, para reavaliação dos valores, o que vai elevar o custo total acima do R$ 1,477 bilhão definido inicialmente em contrato. Até o momento o governo não analisou e nem deu qualquer resposta às empresas. Por sua vez, o Consórcio VLT ao final desse prazo vai apresentar um novo cronograma dizendo o prazo em que poderá retomar as obras e concluí-las para colocar os trens em funcionamento.

No encontro desta quarta-feira, nenhum desses quesitos foi respondido pelos envolvidos, principalmente, porque o prazo acordado na audiência, ainda não expirou. Sobre a manutenção dos 40 vagões, os representantes das empreiteiras destacaram que são ações continuas que incluem lubrificação e reparação de peças, material rodante, testes de funcionamento de todos os componentes, bem como todo o sistema tecnológico que inclui ar condicionado, parte elétrica e de armazenamento de dados e imagens.

Durante a apresentação dos dados, o engenheiro Carlos, da empresa CAF pontuou que a manutenção prevista ocorre em 2 situações, ou seja, sem alimentação de energia (estático) e com alimentação de energia (dinâmico). Caso o tempo dos equipamentos parados se estenda além dos 2 anos previstos no plano inicial, novas atividades deverão ser incrementadas. Os registros das manutenções são envidas ao cliente [governo do Estado] para acompanhamento. Ele não detalhou os custos dessas manutenções e nem explicou se já estão inclusos ou não no contrato. “Isso tem que ser avaliado em função do tempo parado”, pontuou.

Os prazos do contrato de execução do VLT estão temporariamente suspensos por uma decisão liminar da Justiça Federal.

Os  40 conjuntos de vagões consumiram R$ 497,9 milhões e juntos possuem 640 portas sendo 16 delas em cada vagão. Quando estiver em funcionamento, o VLT terá capacidade para transportar 400 passageiros, sendo 77 sentados e o restante de pé. Movidos a tração elétrica, a previsão é que os trens operem numa velocidade máxima de 70 Km/h.

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