O procurador de Justiça em Mato Grosso Mauro Viveiro, acaba de confirmar, ao Livre, que seu filho, o cantor Ramon Viveiros, de 25 anos, teve morte cerebral confirmada pelos médicos, em um hospital em Cuiabá. “É com o coração dilacerado, com uma dor indescritível que informo a todos amigos e irmãos que tanto se empenharam por sua salvação, que o nosso filho, amigo, cantor, que cantou e encantou durante 25 anos, vai cantar e encantar nos palcos superiores. Deus o convocou para sua orquestra. Agradeço o privilégio de tê-lo como filho e sido tão feliz com ele”, informou o procurador.
Ele e duas jovens foram atropelados, domingo de madrugada, em frente a uma boate, na avenida Isaac Povoas. A acadêmica de Direito Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, faleceu no domingo e foi sepultada em Várzea Grande.
A amiga Hya Girotto Santos, 21 anos, está hospitalizada. Ela passaria por uma cirurgia devido a gravidade do seu estado de saúde. Amigos estão se mobilizando em redes sociais para custear as despesas.
A professora Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, 33 anos, que dirigia a caminhonete que atropelou os 3, foi presa e colocada em liberdade, na última segunda-feira, durante audiência de custódia. O juiz Jeverson Quinteiro estabeleceu que Rafaela deve pagar fiança de R$ 9,5 mil, teve a Carteira de Habilitação (CNH) recolhida, deve comparecer mensalmente em juízo e se recolher rotineiramente nos períodos noturnos e aos finais de semana.
Imagens de câmera de segurança registraram o atropelamento. Os três saíram da boate, atravessavam a via fora da faixa de pedestres e uma das jovens chegou a brincar, dançando na pista. Quando estavam próximos da calçada foram atingidos pela caminhonete.
Em nota divulgada pelo Gabinete de Comunicação, o Instituto Médico Legal informou que a professora Rafaela passou por ” exame clínico de constatação de embriaguez, realizado três horas após o atropelamento, deu negativo para embriaguez da suspeita. Este exame visa constatar a presença de sinais ou sintomas do uso de álcool e/ou substâncias psicoativas por meio de suas manifestações no sistema nervoso central; No corpo do laudo consta o detalhamento do único exame autorizado pela vítima, que levou a perita oficial médica legista às conclusões obtidas; No exame, o perito oficial médico legista observa o comportamento do periciando, como orientação, atenção, memória, atitude, e sinais clínicos como escleras (olhos avermelhados), taquicardia e equilíbrio. O IML atenta para o fato de que o lapso de três horas entre o momento do acidente e o exame pode ter influenciado o resultado”.
O procurador-Geral de Justiça, Mauro Benedito Pouso Curvo, divulgou nota de pesar, lamentando o “falecimento prematuro” do de Ramon. “Que Deus conforte os corações de seus familiares e amigos para que possam suportar a dor desta triste e lamentável perda. Neste momento, somente a proteção divina é capaz de acalentar a alma para a aceitação de tanto sofrimento”, disse Curvo.
(Atualizada 23:18h)