O Tribunal do Juri de Cuiabá condenou Edmilson de Andrade, 31 anos, a 21 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato de Marilza Gonçalves da Silva, ocorrido em janeiro de 2010, nas imediações da estrada que dá acesso a uma chácara na comunidade São Jerônimo, Distrito do Coxipó do Ouro. O corpo da vítima foi encontrado no dia 21 de janeiro em estado de decomposição, em um matagal.
Segundo a denúncia do Ministéro Público, Marilza teve um relacionamento amoroso de três meses com o acusado. A vítima chegou a confidenciar a uma amiga que o parceiro era violento e que queria dar um basta na relação. No dia 12 de janeiro, última vez que foi vista pelos familiares Marilza disse ao filho que iria passar dois dias na casa da família de Edmilson, localizada em uma chácara na região do Coxipó. Desde então, cinco dias se passaram sem que a vítima desse notícias ao filho. Preocupado com o desaparecimento da mãe, José Alberto ligou para o acusado a fim de saber o paradeiro de Marilza, como resposta Edmilson disse que não esteve com ela e que inclusive não tinha ido a tal chácara porque sua motocicleta havia quebrado.
Durante o julgamento o réu negou ter praticado o crime. No entanto os jurados acolheram a tese do Ministério Público e a juíza presidente o condenou nos crimes de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. O promotor de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, que participou do julgamento, afirmou que "o conselho de sentença deu uma demonstração de que a sociedade não mais tolera a violência de gênero, e em uma decisão exemplar condenou o acusado nos termos da pronuncia".