Os caminhoneiros e carreteiros que trancaram a BR-364 em Cuiabá, na saída para Rondonópolis, desde o início da manhã, não liberaram o tráfego, às 19h, como estava previsto. Eles decidiram manter a principal rodovia que liga Mato Grosso a Mato Grosso do Sul e Rondônia bloqueada por tempo indeterminado. O protesto reforça a mobilização nacional dos caminhoneiros, que é feita nas principais rodovias de acesso a São Paulo, Minas Gerais e mais dois Estados. Um policial rodoviário federal disse, há instantes, que a liberação pode ocorrer nesta 3ª feira à tarde. “A fila, sentido Serra São Vicente, passa de R$ 5 km”, informou outro policial.
Em Cuiabá, veículos, ônibus com passageiros e caminhões com “cargas vivas” estão passando. Cargas com madeira, combustível, soja, milho, algodão e outras não passam. “Nossa estimativa é que pela B-364 trafeguem, diariamente, cerca de 10 mil carretas/caminhões”, disse, ao Só Notícias, o advogado de algumas empresas transportadoras, Roni Barbosa, que está no local do bloqueio. As empresas reforçam apoio ao movimento por rodovias com melhores condições. “O setor está abandonado. Se a estrada estiver boa, há segurança, o motorista tem valorização de sua vida e donos dos caminhões têm menores custos de manutenção”, disse.
Ele disse que os caminhoneiros cobram rapidez nos projetos e obras para duplicar a de Rondonópolis ao Posto Gil (mais de 350 km) “com urgência. É um corredor que abastece Norte do país e é mesma estrada de 40 anos atrás. Queremos valorização do setor de transportes, do caminhoneiro, do autônomo e do proprietário da tarnsportadora, que precisa ser visto como gerador de empregos e mais respeitado. Reforçamos a pauta nacional por melhores condições de saúde e segurança, aposentadorias para motoristas com 25 anos de profissão (e não com 35)”, acrescentou.
Roni também disse que o protesto é pacífico e está tendo adesões de várias empresas de transporte do Estado
(Atualizada às 21:54h)