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Cuiabá: após transferência menor acusado de morte volta ao Pomeri

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Volta para Cuiabá o adolescente B.A.B., 16, que matou um menor no Centro Socioeducativo de Cuiabá (Pomeri) no dia 6 de setembro. Ele foi transferido para a unidade de Rondonópolis há cerca de 15 dias e agora é devolvido para a capital por estar causando problemas com os outros internos. Ele chega acompanhado de outro adolescente de 16 anos, que esta semana agrediu uma agente orientadora durante a refeição, chegando a provocar uma fratura no braço dela, informou a juíza Célia Regina Vidotti, titular da Vara de Infância e Juventude de Cuiabá. B. foi transferido de Cuiabá por integrar uma lista de 8 internos da unidade que estariam marcados para morrer. Hoje o Pomeri mantém 92 internos cumprindo medida e 39 apreendidos provisoriamente aguardando a decisão judicial.

A situação é crítica na unidade, principalmente pelo grau de periculosidade de B. Os 2 jovens que vem de Rondonópolis terão que ficar em uma ala isolada dos demais, assegura a juíza, já que correm risco se ficarem entre os demais. A magistrada destaca que a situação é complicada e somente a implantação de novas unidades com mais vagas poderá amenizar a crise no setor.

Depois do assassinato de Maxsuell Elias da Silva Almeida, 17, em setembro, outro interno foi executado no dia 2 de outubro, com pelo menos 130 golpes de chuços. A morte seria uma vingança do primeiro crime praticado por B. Na ocasião ele desfilou ensanguentado pelo pátio da unidade anunciando a execução. Deixou a vítima sentada, com as pernas cruzadas, com um boné na cabeça e um dos chuços cravado no corpo.

Apesar do risco em transferir B. para Cuiabá, a juíza disse que os problemas podem ser ainda maiores caso ele permaneça na unidade do interior. Segundo Célia, o adolescente, além de apresentar características de sociopatia, tem forte liderança sobre os demais. Ele cumpre pena por um assassinato cometido no município de Peixoto de Azevedo. Na época em que executou Maxsuell, disse que fez isso porque a vítima estava divulgando que ele era estuprador e não assassino.

Além dos 2, que serão transferidos de Rondonópolis, mais 2 internos da unidade de Barra do Garças chegam ao Pomeri depois de liderarem uma rebelião na unidade. Segundo a juíza, a transferência dos 2 para a capital foi a condição que o juiz da comarca aceitou para não interditar a unidade que abriga 14 internos. Neste caso não haverá permuta.

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