Um empresário, 72 anos, acusado de ter ordenado a execução de 3 dos 4 filhos, será levado a júri popular pela morte de um deles, sexta-feira (30), em Cuiabá. Ele será julgado pelo assassinato do comerciante Marcelo Dias dos Santos. O crime foi cometido em março de 2004, em frente ao lava a jato da vítima, no bairro Santa Helena. De acordo com denúncia do Ministério Público, Santos foi atingido por vários tiros, efetuados por um pistoleiro. Ele chegou a pedir socorro para sua companheira, mas foi novamente baleado, desta vez na cabeça, e morreu no local.
Para a promotoria, a execução foi motivada por uma discussão, envolvendo R$ 20 mil, dinheiro recebido pelo acusado após a venda de um carro. Um dia após o negócio, enquanto se dirigia ao banco para depositar o dinheiro, foi assaltado e, desde então, passou a ameaçar o filho, acreditando ser ele o responsável pelo roubo. Após várias ameaças, ele teria contratado o pistoleiro para realizar o crime.
O acusado é apontado como autor de pelo menos mais 2 homicídios e uma tentativa. As mortes de Jorge Luiz Puffal Salomão, em 2005, e Érico Puffal de Farias, em 2006, ocorreram nas mesmas circunstâncias porque eles ameaçaram delatar vários crimes que teriam sido praticados pelo empresário, além do homicídio de Santos.
O caso só foi elucidado após o quarto filho, que chegou a receber 7 tiros de um pistoleiro, mas sobreviveu, ter denunciado Farias.