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Cuiabá: 94 pessoas foram picadas por serpentes este ano

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A Secretaria Municipal de Saúde está promovendo esta semana a atualização para o uso adequado das ampolas do soro antiveneno. A primeira etapa aconteceu no auditório do Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. A capacitação é direcionada aos médicos e enfermeiros das salas vermelha e amarela, que realizam o primeiro atendimento às vítimas picadas por serpentes e animais peçonhentos e está sendo realizada pela Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, Doenças e Agravos (Covida), e Centro de Informações Antiveneno (CIAVE).

O intuito é que os profissionais sigam corretamente o protocolo do Ministério da Saúde, que define a quantidade de ampolas que devem ser aplicadas em cada situação. “A ideia é de que os profissionais sigam as recomendações e isso nos auxilie na garantia do medicamento às vitimas, em virtude do racionamento do soro antiofídico que está acontecendo em nível nacional. Estamos trabalhando para  que não venha faltar o soro nesse período, até que o Ministério da Saúde normalize o abastecimento aos Estados”, destacou Carla Reis Dias, coordenadora da Covida.

A previsão  do Ministério de Saúde para o reabastecimento do soro antiveneno está entre meados de agosto e setembro. Durante a atualização de conhecimentos está sendo mostrado quais são os tipos de serpentes mais comuns na nossa região e as quantidades necessárias para cada gravidade de acidente.

“É importante ressaltar para os turistas que vem a nossa cidade e gostam de fazer trilha, que sejam acompanhados por um guia, para não serem expostos a regiões onde possam ter animais peçonhentos”, explicou a coordenadora.

Para prevenir as picadas é necessário usar botas, perneira, calça comprida, não colocar os braços e mãos em tronco de árvores, ou folhas secas e não ficar em lugares onde a serpente possa estar escondida, orientou Carla Reis Dias.

Para quem trabalha na zona rural é importante usar os equipamentos de proteção individual (EPI’s), que são luvas, perneiras, botas e calça cumprida, porque geralmente as picadas são nas pernas, pés, braços e mãos.

O índice de atendimentos a criança picada por animais peçonhentos é muito alto, decorrente disso os pediatras também estão participando da atualização.

Carla Reis aconselhou também cuidados especiais com as crianças, não deixando que elas fiquem expostas em sítios ou pescarias, que é onde podem ocorrer esses tipos de acidentes.

Desde janeiro até junho deste ano foram registrados no Centro de Informação Antiveneno (CIAVE), 94 atendimentos de picadas por serpentes, já os outros animais peçonhentos como, aranha, escorpião e abelha totalizam 111 atendimentos.

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