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Cuiabá: 43,7% dos empresários estimam prejuízos com obras da copa

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Metade dos comerciantes instalados na Avenida Coronel Escolástico, em Cuiabá, estão despreparados para as turbulências trazidas com as obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014. É o que atestou os primeiros resultados da pesquisa CopaComCuiabá, desenvolvida pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá (ACC). O estudo sobre os impactos das obras para os empresários da região está dividido em 4 etapas: antes e durante as obras de mobilidade, e durante e depois dos jogos de 2014. A primeira rodada mostrou que, apesar das incertezas durante o período de interdição da via, cerca de 49% dos 70 empresários entrevistados estão confiantes no lucro após o término das obras.

Mas, durante as interdições, 43,7% dos entrevistados disseram que estimam prejuízos sobre os negócios, 38% não terão lucro e nem prejuízo e 18,3% acreditam que poderão ter ganhos. Já após as obras, 48,6% dos empresários esperam ter lucro, enquanto 18,6% acreditam que terão prejuízo e 32,9% acham que não terão lucro nem prejuízo. "São dados relevantes para podermos oferecer intervenções. Mostram que nossos empresários precisam de ajuda", avalia a professora Cecília Arlene Moraes, coordenadora da pesquisa, ressaltando que os feirantes da região também estão inseridos no trabalho.

O perfil dos gestores e das empresas para a produção de um plano de marketing para cada empreendimento também foi analisado, demonstrando que os comerciantes da região têm aproximadamente 20 anos de experiência (35%) e na maioria são empresas de pequeno porte, cerca de 76%. O mesmo percentual de empresários disse que estava satisfeito com o negócio, e a principal razão de insatisfação era os impostos (22%).

O superintendente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat), Manuel Gomes, ressalta que o quadro encontrado na próxima fase da pesquisa será bem diferente, já que as obras estarão em outro estágio. "Agora esses impactos nem sequer foram mensurados porque estamos no início das obras. O consumidor busca comodidade e os comerciantes terão que buscar alternativas para mantê-los".

A próxima rodada do projeto está prevista para ser realizada em julho deste ano. "Dependerá também das obras no entorno", explica Cecília. Entre janeiro e fevereiro de 2015, os dados das 4 etapas serão compilados e apresentados em março do mesmo ano quando um documento científico será entregue à Fifa.

 

 

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